Tuesday, January 30, 2007

Ai, ai, ai, ai...

... esta chegando a hora...
Estou preparando o post de um ano que sera também o ultimo post do nosso blog... Esperem por um post gigantesco!!! Um ano se passou, muita coisa boa aconteceu e acho que a finalidade deste blog mais que se cumpriu! Meu sangue de psicoterapeuta me obriga a 'preparar as separaçoes' com uma certa antecedência... Na real, acho que a gente prepara a gente mesmo sobretudo... Entao, o ultimo post desta primeira etapa de nossas vidas em breve...muito breve...
Inté!
PS: Rick, faz um favorzinho? Ja que tu foste desde o inicio o nosso mais assiduo leitor, por favor faz um back-up num CD ai pra nos? Aqui temos duas copias em CD e vou fazer uma em papel...hehehehe Esse documento é valiosissimo pra nos, precisamos ter varias copias... Beijo!

Friday, January 26, 2007

Onze meses!!!

E passamos o décimo primeiro!!! Ai, ai! Até agora tudo vai muito bem, obrigada! Neste ultimo mês, varias coisinhas nos marcaram entao vou usar a velha técnica da lista.
1) O Frio : que nao vinha, nao vinha e...veio! Hoje estou aqui ha menos 19, mas sem contar o fator vento e nao sei mais o que, que deve estar uns menos 27. Falando em estou aqui, hoje é sexta e sao 21;50 e eu aqui na UdeM ainda. Sabem por quê? Por que uma colega québécoise esta gentilmente corrigindo o francês de um trabalho meu (pra um profe meio chien). Pode ser coisa mais querida? Confesso que me acho a mais exploradora das criaturas, mas nao da pra negar uma ajudinha dessas. Quando se tem de três a cinco analises para entregar (em francês, obvio) por semana, uma ajuda num trabalho de sessao é TUDO de bom! Mas também por aqui todo mundo se ajuda, quando eu posso faço pesquisas pra eles e vice-versa. É assim!Viram por que eu nao suporto quem fala mal dos québécois?Isso sim é que é accommodement raisonnable...o resto é besteira!
Mas voltando ao frio... Ta frio mesmo...de doer... Ontem saimos pra tomar uma cerveja num barzinho aqui do lado. Achei que nao valia a pena colocar a touca. Dois minutos depois, com esses meus cabelinhos curtinhos, minha orelha doia tanto que pensei que ia quebrar.Credo!
2) A lingua: Tabarnuch, é f.... As vezes tenho a impressao que quanto mais me esforço menos consigo falar direito...Coisa triste! Mas por um outro lado, acho que com o tempo o nosso nivel de exigencia aumenta. Nas minhas aulas a unica nao francophone que se pronuncia sou eu. Sim, o resto fica calado. No entanto, nunca pedi pra um profe repetir nada...se nao entendi, paciência, quem mandou ser anta...heheheeh mas quando tenho alguma duvida ou contribuiçao (ou piada) , falo mesmo... Que se dane! O engraçado é que nunca tive a impressao que me acharam burra por causa disso. Nas aulas me sinto super integrada. Tenho minha galera, exatamente como todo mundo que é daqui. Acho que, dentro de minhas limitaçoes linguisticas, o pessoal entende o que eu digo, vê que o conteudo nao é idiotice total e até me ajuda a formular minhas frases. Ao invés de ficar sentido vergonha, eu acho é bom. Estou tendo o melhor tipo de aula: na vida! Se eu nao falar, nao vou aprender nunca. Se tem meia duzia de idiotas que vao me achar doida, eu tô pouco me lixando. Eu vivo é pra mim, tô interessada em aprender o maximo possivel e, no fim das contas, faço muitos amigos deste meu jeito meio louquinho. No mais ontem recebi um dos melhores elogios linguisticos...hehe...dos ultimos tempos. Um profe daqui que nunca tinha conversado comigo, sentou com a gente no bar e eu da-lhe que te da-lhe franguais. Uma hora eu falei das dificuldades que tinha para me expressar e tal e ele disse que eu nao devia ficar envergonhada por que falava melhor que uma profe anglofona que esta no QC ha cinco anos heheeheh Fiquei toda feliz! Eu que tô passando por uma fase de irritabilidade maxima com meu franguais...fiquei até mais encorajada!
3) A correria: é maxima! Essa sessao, sei nao! Tô achando que vou me estressar um tanto! Cinco disciplinas e mais quinze horas de trabalho semanal nao é brincadeira aqui. Das cinco disciplinas, três pedem trabalhos semanais, quatro tem exames, quatro tem apresentaçoes horais e defesa de tese, ou seja... Seja o que Deus quiser! Ainda preciso organizar melhor a vida e espero fazer isso esse fim-de-semana. O Rudi mudou de emprego, alias achou o melhor dele até agora por aqui. Estamos super contentes! Ainda por cima, temos que nos mudar até abril, o que significa ter que achar um novo lugar por agora...heheheeh Nao, nao fomos despejados...Nos é que decidimos sair. O problema dessas construçoes aqui é que é tudo meio fino demais, meio de madeira e papel demais ... Em cima de nos mora um casal com uma criança que nao dorme antes das onze e, antes de se deitar, tem um estranho ritual de correria pra la e pra ca. Eles sao super legais, por isso evitamos as vassouradas no teto, mas tudo tem limite! Quando o guri decide arrastar a poltrona também nao da. Ainda mais durante a semana que os nossos pequenos tem que dormir super cedo. Haja!!!! Tudo isso pra dizer que coisa pra fazer é o que nao falta!
4) A bicicleta: prevendo que eu nao ia conseguir ir a academia essa sessao, comprei uma bici ergométrica. O Rudi quase me matou ja que a minha ultima, la no Brasil, virou um lindo cabide no canto do quarto. Mas até agora estou fazendo direitinho minhas horas de treinamento semanal. Depois dos trinta...tem que se puxar!
5) O service de garde: na real, merecia um post so pra ele, mas vou tentar resumir. O service de garde é oferecido pelas escolas daqui, nos entido de aumentar um pouco o tempo das crianças na escola. Quando a gente chega e esta meio se organizando, tudo bem...sempre da pra ter alguém em casa as 15:45 pra esperar a galerinha que chega no onibus escolar. Mas quando a vida começa pra valer...nao é tao facil assim. Ai, o jeito é coloca-los no service de garde, que propicia diversas atividades diferentes como artesanato, filmes, brincadeiras diversas, musica e muito mais dependendo da escola. Tem outro problema tb que sao as benditas journées pédagogiques. Sao os dias que as crias nao tem aula. Em Laval eles entregam o calendario anual. Uma vez por mês tem jornada fixa da comission scolaire e um outro dia do mês a jornada da escola. Imagina eu, que tenho dois em escolas diferentes! Ninguém merece! Ai, se tu colocas no service de garde, ta tranquilo. As crias vao pra escola e tem atividades divertidas mesmo quando tem as benditas journées. É uma mao na roda! Eu bem que tava me estressando um pouco por que ja acho que eles ficam muito tempo na escola, mas eles simplesmente amaram essa historia. Ontem foi dia de journée e eles foram fazer glissade com os amigos. Amaram! Melhor assim! Quando nao tem soluçao, solucionado esta! Esse serviço é meio que subsidiado pelo governo e custa 7 dolares por dia... vale a pena!
Bom, acho que é isso! Vamos encarar essa fraca que "bom cabrito nao berra". Agora, se alguém ta ai no calorzinho, todo feliz em ler meu desepero congelante, so uma coisinha dizer... Estou saindo sozinha as 22h da universidade, vou pegar onibus e metro e caminhar...vou fazer tudo isso....SEM o MENOR MEDO!!!!! Super tranquila e segura!!!! meu marido ta em casa me esperando tranquilinho!!! Vive le Québec!

Maes!

Hoje fui acometida de uma louca saudade de minha mae. Talvez isso tenha acontecido porque ouvi meu forro preferido de manha. Sei la! Em homenagem a ela, resolvi traduzir um texto em inglês que a Naty me enviou na semana passada. Na real nao é uma traduçao, ja que nao tenho competência para tanto (ainda mais em inglês!), acho que ta mais pra uma "adaptaçao". Ou seja, é a minha versao do texto, se alguém conhece a versao original, nao se espante...eu adoro mesmo dar um jeitinho pessoal, ainda mais pra colocar aqui.

Uma mamae
Estavamos nos sentando para o almoço quando minha irma mencionou casualmente que ela e seu marido estavam pensando em « começar uma familia ». « Nos estamos fazendo uma pesquisa » , disse ela meio brincando… « Você acha que eu devo ter um bebê? ». Eu respondi tentando amter o tom neutro :« Isso vai mudar a sua vida ».« Eu sei », ela disse « acabou essa historia de dormir até tarde no fim-de-semana, acabaram-se as férias a qualquer momento do ano».
Mas nao era bem isso que eu queria dizer. Eu olhei para minha irma e fiquei tentando decidir o que lhe dizer. Eu queria que ela soubesse o que ela nunca vai aprender nos cursinhos para futuras mamaes. Eu queria dizer a ela que as feridas fisicas causadas pelo nascimento de um bebe sao facilmente curaveis, mas quando nos tornamos maes, as feriadas emocionais nos tornam vulneraveis pra sempre.
Eu pensei em adverti-la que ela nunca mais vai ler um jornal sem pensar « E se isso tivesse acontecido com o MEU filho? ». Cada queda de aviao, cada casa incediada vao feri-la imensamente. E quando ela olhar fotos de crianças famintas, ela vai se perguntar se alguma coisa pode ser pior que assistir a seu proprio filho morrer.
Eu olhei para suas unhas, cuidadosamente lixadas e pintadas, e pensei que nao importa o quanto ela é sofisticada, se tornar mae vai fazê-la voltar ao estado primitivo da leoa que protege sua cria. Ao ouvir um grito chamando « Mae! » ela nao vai hesitar em deixar cair seu melhor cristal.
Eu senti que devia lhe advertir que nao importa quantos anos ela tenha investido na sua carreira, ela vai se tornar uma profissional um tanto « dividida » em funçao da maternidade. Ela devera se organizar com alguém para cuidar de seu filho, mas um dia ela vai estar indo para uma reuniao importante e vai pensar no cheiro doce de seu bebê. Ai, ela vai ter que usar toda a disciplina do mundo para nao voltar correndo para casa, so para ter certeza que seu filho esta bem.
Eu quero que minha irma saiba que as decisoes do dia a dia nao serao mais rotina. Que o menininho de cinco anos que decide ir ao banheiro masculino e nao ao feminino no McD vai ser o seu maior dilema. Afinal, vai ser ali mesmo, envolvida meia gritaria provinda do desejo de independencia e da identidade de gênero, que ela vai entrar em pânico, pensando na possibilidade de que algum agressor de crianças possa estar marcando ponto dentro do banheiro.
Nao importa o quanto ela seja firme e decidida no trabalho. Ela vai sempre vacilar como mae.
Olhando para minha atraente irma, eu quero assegura-la que nao importa se ela vai ou nao ganhar peso durante a gravidez, de qualquer forma ela nunca mais se sentira igual em relaçao a ela mesma. Que a sua vida, agora tao importante, vai ter menos valor pra ela logo que tiver um filho e que a passagem dos anos nao vai servir apenas para que ela possa realizar seus sonhos, mas sobretudo, para assistir seu filho realizar os dele.
Eu quero que ela saiba que uma cicatriz de cesareana ou as estrias no quadril vao ser seus emblemas de honra.
A relaçao de minha irma com seu marido vai mudar, mas nao do jeito que ela pensa. Eu queria que ela pudesse entender o quanto você pode amar mais um homem que é cuidadoso ao colocar talco no bebê e que nunca hesita em brincar com seu filho. Eu acho que ela deve saber que ela vai se apaixonar de novo por ele, so que por razoes que agora ela pode achar nada romanticas.
Eu desejo que minha irma possa perceber a ligaçao que vai existir entre ela e todas as mulheres ao longo da historia que tentaram parar a guerra, o preconceito e os imprudentes no trânsito. Eu quero descrever para minha irma a alegria de ver um filho aprendendo a andar de bicicleta. Eu queria captar para ela a magia de uma bela risada de bebê que toca pela primeira vez o pêlo macio de um cachorro ou de um gato. Eu quero que ela experimente essa alegria que é tao incrivel que chega a machucar.
O olhar questionador que minha irma me lança, me faz perceber que meus olhos estao cheios de lagrimas.
« Você nunca vai se arrepender », digo eu finalmente.
Entao, dou a volta na mesa, seguro a mao de minha irma e faço uma prece em silêncio, por ela, por mim, e por todas as reles mortais que tentam ser as melhores maes que conseguem.

Saudade de ti maezinha!!! Depois que a gente vira mae, temos poucas oportunidades de falar da saudade de ser filha! Comam um bérberé por mim esse fim-de-semana!

Wednesday, January 17, 2007

Saudade de que (m)?

Como eu ando meio sem 'quase nada' pra fazer, resolvi divagar um pouco...hehehehe Na real ando divagando no mêtro mesmo, meu diva atualmente preferido. Hoje até me lembrei de uma musica hiper velha do Kid Abelha que dizia assim: ' So tenho tempo pras manchetes no metro. E o que acontece na novela, alguém me conta no corredor. Escolho os filmes que eu nao vejo, no elevador, pelas estrelas que eu encontro na critica do leitor...' Isso sou bem eu nessas ultimas semanas. Uffa! Credo! Mas tudo fica bem quando a gente trabalha com o que a gente ama. Bem, mas voltando as divagaçoes instantaneas... Segunda eu estava comendo um sanduiche na frente do computador quando me dei conta que era hora de dar uma paradinha. Como nao consegui ficar simplesmente comendo meu sanduiche em paz, como faria uma pessoa normal depois de passar quatro horas lendo textos numa tela, resolvi furungar nos blogs alheios (o que alias é um de meus passatempos rapidinhos preferidos...o outro é fofocar no MSN, mas ai tem que cuidar pra nao se empolgar e perder muito tempo...né, Lê?hehehe). Em alguns blogs que eu fuçei, a galera tinha ido passar as festas no Brasil. Adorei ler os depoimentos! Todo mundo feliz! O clima meio: patria amada Brasil...as praias do Brasil ensolaradas... e por ai vai. Bom de ler! Alguém colocou a musica ' Casa' do Lulu, ilustrando a sua chegada em terras brasilis. Coisa querida, isso! Com o sanduiche que eu comia, acabou também meu tempo livre. Hora de voltar ao trampo. Fecha janela daqui, abre janela dali...Recomecei minhas coisas mas me dei conta que sentia alguma coisa estranha. Boa psicolouca que ainda sou, parei para analisar. Que saco! Um troço que aperta aqui dentro... Seria saudade? Achei meio estranho...Mas so me dei conta da gravidade da situaçao quando vi que, nao, nao era saudade. O sentimento que me invadia era a boa e velha culpa. Culpa? Pois é, culpa. Vocês podem me achar doida (imagina, quem pensaria isso?) mas eu senti culpa de...de nao sentir saudade. Heresia! Caramba, tchê! Vai fazer um ano que eu tô aqui e a saudadezinha do tal do Brasil nem tchuns! Mas nem tchuns mesmo! Engraçado que logo que cheguei conheci uma pessoa daquele estilo basico 'proprietaria de todas as verdades sobre a face da Terra' que me disse que, em seis meses minhas 'ilusoes' (ela queria dizer 'meus amores') pelo Québec iam acabar e ai, eu seria acometida de uma enorme saudade, que todo mundo passa por isso e blablabla. Alias, interessante como todo bom dono da verdade gosta de generalisar tudo: todo mundo passa, todo mundo é assim ou assado...meus instintos de pesquisadora me comicham quando aparecem essas criaturas. Mas bem, tudo pra dizer que saudade do Brasil que 'é bom'....nada!!! Acho estranho poruqe consideraria super normal e mesmo esperado que se sinta saudade da terra natal. No entanto, antes que alguém me mate ou faça um batuque raivoso, deixa eu explicar... Tô falando de saudade do pais, da cultura, do povo (em geral)... Nao tô falando das pessoas! Pelo amor da vaca jérsey, entendam isso... É tudo separado! Meus amigos queridos poderiam estar em qualquer canto do planeta que eu sentiria saudade e sentia mesmo quando estava em Porto e passava muito tempo sem vê-los. Viram so, me senti melhor! Achei meu foco de saudade! Pelo menos eu tenho um coraçao, pensei. Sim, porque a estas alturas ja tava me sentindo o fim da picada. Talvez, dirao alguns, eu ainda va sentir saudade do pais onde nasci. Pode ser e, na verdade, espero que sim. Acho que é normal, eperado, desejavel, faz pate da identidade do ser. Acho querido e simpatico. Mas nao posso fazer nada: agora, quase um ano apos a saida, eu nao sinto mesmo. Inclusive, se tivesse que ir pro Brasil em breve isso ia me fazer 'chier', como dizem aqui. Nao tô preparada pra sair daqui (coisa louca,né?). Até quero ter que voltar la a trabalho, daqui ha um tempo, mas agora...pas de tout. Penso, penso e as unicas coisas que me dao aluma nostalgia têm ver com meu estomago: Leite Moça (ainda nao achei aqui), rodizio de pizza (do Dom Vitto), sorvete (do frevinho em Sampa) e comida da mamae. Mas comida da mamae nao entra na categoria 'saudade do pais', entra na categoria 'saudade da mamae'. Alias, na categoria pessoas, sinto falta de todos meus queridos amigos que nao preciso nomea-los por que todo mundo sabe muito bem quem sao. Mas além de pai e mae, que é obvio que eu sinto uma baita saudade, tem duas pessoinhas que merecem ser citadas por que sao as campeas de me fazerem chorar so de pensar. Sem ordem hierarquica de importancia, minhas amigas Cris e Rê. As imagens da nossa relaçao estao sempre fresquinhas na minha mente, como um filme que a gente compra o DVD e fica vendo em looping. A Cris, doida que nem eu. É tao igual, tao igual, que as vezes a gente mesmo se irrita. Uma vai dizer uma coisa, a outra ja disse (saco! hehehe). Se fossemos de sexos opostos formariamos talvez um casal...hehehe Mas como nenhuma das duas tem a menor tendencia homo, nos contentamos em sermos irmas e nos adorarmos sempre, longe ou perto. A Rê é meu exemplo de segurança e de como lidar com o estresse. Ninguém faz isso melhor que ela. Ta ai uma criatura que nao se estressa com nada, nada, nada! Ela vai fazendo tudo na ordem de importancia, sem se esbaforir jamais e sempre chegando ao resultado almejado. E isso que ela tem sempre horrores de coisas pra fazer. Quando eu perguntava como ela conseguia, a resposta era sempre a mesma:' o que que adianta se estressar? Se apavorar nao vai resolver!'. Ai, Rê, se tu soubesse o quanto eu penso em ti....hehehe Gurias, saudades dos nossos cafés-da-tarde, dos nossos papos interminaveis, de todos os colos que a gente se deu, de falar no telefone horas a fio, de tomar cerveja dando risada, de ir no shopping sabadao com a criançada so pra ajudar a tumultuar o caos, de comer batata-fita na Petisqueira) de falar besteiras e fofocar. Amigos verdadeiros sao insubstituiveis. Cada um tem seu valor especial e um nao substitui o outo jamais. Cada um tem seu espaço no coraçao e é unico, dono e senhor dali. Aqui tenho diversas amigas maravilhosas também, que têm seu espaço particular no coeur, mas cada uma é uma e unica. Em suma eu, euzinha mesmo, sinto saudade de quem eu amo, mas felizmente (ou infelizmente, sei la) meu coraçao fez a mudança de pais comigo, nao ficou em nenhum lugar do passado. Minha casa ta aqui. Mas a todo mundo que tem saudade do tico-tico-no-fuba, so uma mensagem: de alguma forma, eu invejo vocês, la no fundo... Podem acreditar!

Thursday, January 04, 2007

Ano novo!

É isso ai. Ja deu pra perceber que comecei o ano com a corda toda. Meu perido introspectivo rendeu, deu pra por muita coisa em ordem (por dentro e por fora). Nao era sem tempo que eu precisava me dar um tempo...Nesse ano muita, muita coisa aconteceu. Na sua maioria coisas muito boas. A imigraçao em si, foi e é uma maravilha, graças a Deus, mas também aconteceram coisas tristes. Me pai passou quase tres meses em hospitais e o meu sogro faleceu. Momentos meio pesados, mas que graças a nossa familia e amigos no Brasil, tudo ficou muito mais facil...En tout cas... Muita responsabilidade no trampo, trabalhos semanais pra escrever em frances, artigos, congressos... Ai! Precisava ficar meio quieta. Digo meio, porque quando se tem filhos, nem de se deprimir a gente tem direito...hehehe Sabe aquela deprê alto nivel: dias na cama, silencio, filme na TV, comendo besteira, chorando as pitangas do estresse? Nao, quem tem filhos nao pode. O maximo que a gente tem direito sao umas choradinhas durante o banho, umas musiquinhas meio melancolicas, uma carinha meio fechada... E olhe la, por pouco tempo! Em seguida eles ja estao atras falando, perguntando, pedindo... Te chamando pra vida! Te lembrando que é isso ai, bola pra frente, quem fica parado é poste, levanta, sacode a poeira e da a volta por cima (como sempre diz a minha mae). Na real, me senti super culpada de estar meio baixo astral, com todas as coisas maravilhosas que estao me acontecendo. Ai eu falava pro Cara la: ' Oh,Meu... Ja vai passar, viu? Eu conheço isso, se chama es-tres-se, cansaçinho basico, ja vai indo.' E foi! De festa em festa, de correria em correria... Se foi! Bem rapidinho até! Agora dou muita risada... Essa historia de ficar introspectiva nao tem nada a ver comigo. Eu nao me reconheço assim e fico bem zonza. Tao zonza, que so faço besteira (por sorte nao estava no bureau). Um exemplo classico: dia 23 fomos eu e a Giu comprar o presente dela, que era so o que faltava. Tudo ia bem, até que eu resolvi ir fazer nao sei que bobagem no...no...shopping. Eu sei, eu sei... Todo mundo sabe que nao se vai ao shopping dia 23 de dezembro, nem que tua mae esteja parindo la (desculpa ai, mae, mas nao da). Mas a anta aqui, achando que no QC é diferente, se foi. Em tempo: neste ponto, no QC é igual. Estacionei sem olhar o codigo do local (pra que, ne?). Quando me dei conta, resolvi prestar atençao por onde estava entrando... Ok, entrei pela Sears. Detalhe que eu descobri muito tarde: a Sears tem 2 entradas que dao acesso a porçoes gigantescas de estacionamento. Depois do empurra-empurra e da Giulia me enlouquecendo e me fazendo dar uma voltinha no trem do papai-noel (ninguém merece esse mico monster!!!!)... So um parenteses: esse trem é o fim da picada. O shopping lotado e um trenzinho circulando no meio da galera. Dentro do dito trem papais e mamaes e seus filhinhos (Aiiii!!!!). O trem vai indo e apitando e a galera que esta magazinando te olha com uma cara de... Caramba o que que tu ta fazendo ai? Desde o primeiro dia que vi o tal trem, detestei. Mas a Giu tanto incomodou que nao tive saida. Que vergonha! A unica coisa que me fez sentir melhor foi saber que a grana do passeio vai pra uma instituiçao de caridade...bom, menos mal. Mas voltando ao que mais interessa, quando estavamos quase mortas de fome, resolvemos em comum acordo vir para casa. Facil, é so ir até o carro e...cadê o carro??? Andamos uma meia hora no estacionamento, a Giu congelando... Nada! Paniquei! Pensei em ligar pro Rudi, o que nao ia adiantar nada, ja que so temos um carro e eu ainda ia ter que aguentar a tiraçao dele (depois do trenzinho...acho que era divorcio na certa). Tive entao a bilhante idéia de procurar a adimistraçao do shopping. O problema é que o bureau para informaçoes era o mesmo para o aluguel de cadeiras-de-rodas e carrinhos de bebê, cheques cadeau e nao sei mais o que. Ou seja, uma fila enrome. Sem nenhuma outra saida, fiquei na fila. Por sorte vem uma funcionaria perguntando o que cada criatura queria naquela fila pra ir adiantando o expediente. Eu era a ultima. Ela chegou... Eu falei baixinho...Beh...J'ai perdu mon char. Ela entendeu e pelo jeito achou normal. Expliquei que nao me lembrava onde tinha estacionado. Ok, ela pegou seu radinho e falou, bem alto... Ici, il y une madame qui a perdu sa voiture... Oui, elle ne se souvient pas... Oui...elle a perdu!!!! Perdu la voiture!!!! Que mico maxi-ultra monter plus. Todo mundo naquela baita fila me olhando com aquela cara de...Mah tu é anta, hein criatura!!! Realmente esse nao era meu dia. Por sorte, em uns 10 minutos chegou um agente da segurança, coisa querida o guri. Fiquei 45 minutos rodando no carro dele (aqueles bem discretos da segurança, com uma luz girando em cima). Ele super paciente... Ta ai por que eu adoro os quebecois... A galera em sua maioria é de uma educaçao incrivel. Ele disse que ficaria conosco o tempo que fosse preciso que eu nao precisava me preocupar. Mas eu ja tava em panico, me imaginando relatar aqui no blog o caso de meu veiculo roubado em Laval. Mas nao! Por sorte foi so babaquice mesmo! Uma hora passamos por um carro (ah detalhe super importante: meu carro é prata... Nessas horas a gente se arrepende amargamente de nao ter comprado um carrinho rosa-choque... 80% os carros em m estacionamento de shopping sao prata...so pra melhorar minha situaçao)...bom passamos por um carro prata, do modelo e marca do meu (ah, eu também nao sabia a placa, so me lembrava que tinha um 7 e os documentos...la dentro do porta-luvas, obvio...)... Era o meu! Uffa mil vezes! Saimos do carro da segurança com o sol se pondo. Olivier, o segurança, dava risada e eu e a Giulia quase dançamos na rua. Resumo: eu tinha pensado que tinha entrado por ma porta da Sears e...detalhe quase insignificante...tinha entrado pela outra. So tivemos que rodar praticamente todo o estacionamento ultra lotado do shopping pra descobrir isso. Me senti metida inadvertidamente em um daqueles filmes de comédia sobre a época do Natal ou na vida de Truman. Foi mesmo surreal! Mas chegamos em casa ha tempo de preparar as coisas para receber nossos convidados pro souper, apesar de que o Rudi ja estava se imaginando viuvo (e certamente planejando uma vida de prazeres libidinosos). Entao foi assim...ficou meio longo este post...Mas tinha que atualizar os acontecimentos de festas... se você ainda esta lendo, merci, é graças a você que esse blog existe...hehehe (mentira, nao se sinta responsavel!). Assim começamos 2007 a milhao!!!! Bem do meu jeito:muita coisa pra fazer...muita, muita coisa...êta coisa boa! Beleza! Um otimo 2007 pra todos e que nossos sonhos se realizem. A bientôt!

Fotos festas

Voici as fotos das nossas festanças de fim de ano... Credo!!! Nunca fiz tanta festa! Começou dia 20 com a festa da universidade e so fomos parar no dia 03, com uma rabada maravilhosa que a Mira fez la na Avelice. Eta comelança! Muito bom! Em todo o caso, hoje resolvi fazer uma comidinha vegetariana e a bière vai ficar fora do cadapio umas tres semanas...pra ver se voltamos um pouco ao nosso peso...

Reveillon!!!! Meu 'fotografo pessoal' preferido, André Desautels, tirou essa foto que eu amei. Amei por que captou exatamente meu estado de espirito para 2007, minha energia pro ano que esta nascendo. Eu tava mesmo muito feliz la na casa da nossa amiga Carla, que fez um super festao...Dançei das 18h as 01:30 sem quase parar. O André pegou essa imagem enquanto eu dançava com a bandeira... nem parada eu tava...talentoso esse guri! Aqui nossa festa de Natal dia 24 na Helo. Muita comida...muita diversao...muitas risadas.
Nossa janta aqui em casa para alguns amigos québecois e o Fernando. Ceia québécoise pure laine. A Nicole é hiper talentosa na cozinha. Comemos a dinde com um molho de cerejas frescas, chamado atocat (nao sei como escreve), tortière e mais varias especialidades do Québec e vinhos...hummm...maravilhosos.