Monday, May 21, 2007

Maria Parafina

Mal sabia eu. Quem mandou ser Maria Parafina? Bem feito, bem feito! Mas pô...nunca pensei que ia casar com um mala de um surfista! Juro! Muito menos ficar 13 anos juntos, muito menos ter filhos! Como dizia o Cazuza: vamos pedir piedade...Senhor, piedade! Mas agora nao tem jeito, vou ter que carregar o quiver pra sempre. Pensei que aqui, em plena metropole norte-americana ele ia esquecer a fissura, mas nao. Nao, minha gente! NAO! Ao contrario! Nao é que o danado descolou um point em Montréal? Essa gente nao é normal! Ele furungou, furungou e achou. Na real tem mais ou menos 300 surfistas em Montréal, até escolinha de surfe tem. Se nao me engano tem uns três points, mas so um da pra chegar sem barco, o do Habitat 67. Adivinha onde eu fui hoje? As fotos estao ai embaixo. É uma onda unica no St. Laurent que fica rolando sem parar. Como tudo aqui é muito organizado, a galera faz fila pra pegar a onda. (Pausa para risos histéricos, nunca vi isso!) Eles pegam um manete que é uma corda amarrada numa arvore, entram na onda, podem ficar no maximo um minuto surfando (mas tinha pouca gente ficando mais que 30 segundos), depois se atiram na correnteza de marcha ré (pois é...) e saem num remansinho mais pra tras. Sobem a ribanceira e ...voltam pra fila. Praia? Bom, nao tem. Mas como Maria Parafina-Pro que sou, ja descolei um cantinho no meio de uma pedras onde, na proxima vez, vou armar meu acampamento com crias e mochilas, fechar os olhos e imaginar que eu estou ...na California! O problema é que provavelmente vou lançar uma moda pras outras Marias parafinas menos experientes do pedaço e em breve teremos um sério problema de espaço na minuscula faixa de areira pedrosa que eu achei. Mas é o risco. Nao basta ser mulher, tem que participar. E quando o surfista entra na casa dos 40 é melhor ficar por perto.... A condiçao fisica é mais temeraria e dai quem sabe... talvez... uma hora dessas a Maria Parafina pode ter uma utilidade maior do que o apoio moral vindo do olhar de admiraçao na beira da agua. De repente...sei la...pode precisar rebocar!A fila!!! (Mais risos) A galera se presta! Mas é assim, o pessoal anda chamando urubu de meu-louro e na falta de algo melhor eles lambem os beiços na pororoca do St. Laurent.'A' onda. A bendita! A primeira vista tu pensa que ligaram um motorzinho e que, na real, tu ta mesmo é numa piscina de um parque aquatico. Mas depois, com muita atençao, tu podes perceber as modificaçoes na 'formaçao' da mimosinha.

Nosso point. É la que vamos armar nosso acampamento da proxima vez. A agua é meio geladinha, mas pra quem ja foi a Torres na primavera, nao é nada demais. Da pra tomar um sol (de biquinao québécois, logico), as crias se distraem brincando na beirinha da agua... No final das contas a gente se diverte demais.

So pra finalizar: esse post é uma baita tiraçao com meu chum. Na verdade eu fico super feliz de viver essas roubadas de Maria Parafina. Se acabei casando com um surfista é por que eu AMO praia e tenho o maior prazer com essas indiadas todas. Meus filhos vao praquelas praias congelantes do RS e de SC desde que nasceram. Tudo isso faz parte da nossa vida. Todo mundo ta muito feliz de que o Rudi achou aqui uma coisa que lhe da muito prazer...pelo menos alguns meses por ano ele vai aproveitar. E nos vamos fazer de tudo para que ele curta muito mesmo! Mas so um avisinho pras colegas de plantao: ja viram, né? Vida de Maria Parafina nao é facil...Nao vao pensando que eles mudam! Nao mudam! Ai ... a gente morre de rir daquelas que reclamam do jogo de hockey sabado a noite no sofa. Deixa os caras!

A outra mae

Além da mae da gente, aquela que nos colocou neste mundo, tem uma outra mae de quem temos muita saudade. A lingua. A materna. Êta que a danada faz falta! Esses dias conversando com um amigo que saiu de Porto pra fazer o doutorado no Rio, falamos de saudade e coisas assim. Ele disse que quando chegou no Rio chorou três semanas de saudade de Porto Alegre. E eu, como todo mundo sabe...nem tchuns (até agora!). Ai vem aqueles papos sobre as mentalidades diferentes em lugares diferentes, adaptaçao e tal. Ele dizendo que eu que tava certa de me mandar pra longe, mas ai eu me dei conta que ele tinha uma grande vantagem sobre mim. Eu que nao sou de me lamentar falei: 'Cara, pelo menos tu pode trabalhar na tua lingua'. E ele: ' Melhor pra ti que ja aproveita e aprende outra.' Ele tem razao, mas é duro. Claro que é. Nao estou falando de ser capaz de se comunicar em francês pra comprar o cafezinho ou fazer o super. Isso é o que o cursinho do MICC considera 'francês funcional'. Ai eu pergunto: 'Funcional pra quê, cara palida?' O nivel de exigência é absolutamente outro quando em volta de ti so tem francofonos e tu tem que te virar falando E escrevendo. Nao...nao é bolinho mesmo. E digo mais: nao é pra qualquer um. So quem teve essa experiência de se tornar fluente numa lingua morando e trabalhando fora é que sabe o significado que isso tem na vida da gente. A segunda lingua é muito mais que um monte de palavras e regrinhas que a gente decora pra se virar. É um outro jeito de ver o mundo, de contar a vida. A gente 'regride' a um tempo onde (embora nao nos lembremos) nao sabiamos como nos referir a certos objetos e pessoas e tinhamos que pedir ajuda. Pedir ajuda nao é facil pra todo mundo. Até por que nao é todo mundo que ta afim de ajudar. Ai complica! Pedir ajuda é um excelente exercicio de humildade e nem todos estao prontos pra isso. E nao é facil mesmo. Mas, se vocês querem saber, vale a pena. Reconhecer que tu nao sabes tudo e que, sim...sim...existe muita gente que sabe bem mais do que tu em algumas areas é otimo. Claro que as vezes a gente se deprime um pouquinho, mas caramba! Tu é mulher ou mortadela? Aguenta e toca o barco! Como todas as experiências enriquecedoras da vida, aprender uma lingua faz sofrer, mas é preciso encontrar os lados bons. Sim, os lados por que, como eu disse, tem a ver com outra forma de ver o mundo e quanto mais cabeça dura a gente é, mais dificil é aceitar a vida com outros contornos. Eu ainda nao parei de dar meus foras e ainda bem que tenho uma otima capacidade de dar risada da minha propria cara. Esses dias um professor olhou um anel no meu dedo e perguntou se eu era casada. Eu ri e disse que era, mas que aquele anel nao era uma 'blague'. Detalhe: blague = piada e bague= aliança. Me dei conta na hora, corrigi e caimos na risada. Ele so ria, e perguntava: mas é ou nao é uma blague tudo isso? Fazer o quê? É rir ou chorar, escolhe.

Wednesday, May 09, 2007

Mae-Mala

A vida toda fui classificada como ' a mala' da familia. Voila! Decidi assumir meu titulo de corpo e alma. Sim, eu sou mala! Confesso, sou mala. Realmente sou mala...e bota mala nisso. Eu finalmente me diagnostiquei: mala. Psicopatologia: mala tipo A, sem sintomas psicoticos....(ainda!). Eu tava pensando sobre o que escrever para o dia das maes, ja que muitas leitoras queridas que sempre deixam comentarios sao (ou estao para ser) maes. Nao sabia bem o que dizer. Ai pensei em falar das maes imperfeitas. Mas ai... graças ao meu irmao que me fez relembrar meu titulo de honra, resolvi falar sobre as maes-mala. Na verdade talvez eu seja a unica neste sub-tipo de maes, dai vou falar sobre eu mesma. Paciência. Mas uma coisa que sempre me irritou nas comemoraçoes dos dias das maes, sao aquelas figuras de maezinhas, gravidinhas, meiguinhas, cheias de amor pra dar. (Alias, detesto mulher meiguinha...mas isso é apenas mais um sintoma da minha malice!) Esses retratos e poemas de mae=amor=paciência=dedicaçao... Qual é? Maes nao sao perfeitas nao. E ainda bem. Que saco seria se fôssemos! Parem de nos colocar nesta obriga. A gente cresce ouvindo que mae é uma coisa linda e maravilhosa e perfeita e meiga (argh!). Ai, depois da primeira noite em claro que tu tem vontade de enviar a criatura (no caso teu lindo bebezinho perfeito e gordinho) para um lugar...digamos...pra casa da vovo.... ai tu quase morre de culpa. Tudo bem , ser mae é maravilhoso: concordo e assino embaixo, mas é dificil também, é uma experiência incrivelmente intensa e da qual (muito infelizmente) acabamos por nao ter apenas boas lembranças. Nao exatamente por causa do bebê inocente que nos olha com cara de 'qual é o teu problema?' quando estamos quase chorando depois de nina-lo até as 2h da manha. Desculpe ai... eu me irritei, chorei, me escabelei, depois aos poucos me acalmei e..recomecei. Pas le choix! Bom, a estas alturas todo mundo ja deve estar concordando plenamente em dizer que eu sou mesmo uma mala. Sou.Sou.Sou. E nao nego. (Alias acho que eu nao sou apenas uma mae mala, sou uma mulher malissima, uma filha mala-sem-rodinha...mas estas outras categorias ficam prum outro post). Mas como mae eu me supero como mala. Vejam a rotina de uma mala. De manha, ja começo. As vezes acordo atrasada. Ai ponho as crias pra correr atras de mim..mas sem antes (ah, essa é mala mesmo) colocar um copo gigante de leite com nescau na frente deles (so pra garantir que os pimpolhos vao bem alimentados para escola). Preparo a boîte a lunch em cinco minutos, mas nunca esqueço (pra furia do Pedro) uma fruta, um legume, um queijo, um prato principal e um suco. Mala. De tarde..mesma coisa. Chego em casa ja preparando a comida (aqui ninguém morre de fome). Mais salada. Meus pobres filhos estao virando pequenos bezerros de tanto leite e verde que comem. Depois tem a hora do tema, da brincadeira, do banho e...ops...oito e meia...cama! Quer coisa mais mala? Uma criatura que mais parece uma cronometrista de capeonao de nataçao. Bom, fim-de-semana eu relaxo...um pouco. Mas tem outras malices. Espetaculo de fim-de-ano. Teu filho ta la no meio, bem tranquilo...Bom, os meus nunca estao muitos tranquilos. Do palco eles me olham esperando o momento que o Rudi vai me alcançar um papel higiênico que ele amasou no bolso justamente pra me secar o rosto quando eu cair no choro. Muito cedo meus filhos entenderam que a mae deles tinha uma particularidade interessante: ela chora tanto de alegria quanto de trsiteza. Ou seja...chora. Coisa de mala chorar em publico (essa é de mala mesmo: sem roda, sem alça e sem marca). Mas sempre chorei e vou continuar chorando, nao tem jeito. Ano passado no espetaculo da escola eu sabia a musica todinha que eles iam cantar. Ai o professor de musica, que era o regente do show, la pelas tantas aponta para a platéia para que cantassemos com eles. Adivinha quem pagou o mico de levantar primeiro e começar: Ça fait rir les oiseaux, ça fait chanter les abeilles... Ou seja, mala e pagadora de mico ainda por cima. Mas eles riam que so. Acho que neste ponto ja estao se acostumando com a malice. Outra minha: dar beijo. Essa eles ja estao me cortando. Quando vou buscar na escola o Pedro afasta levemente a cabeça e me abana a maozinha: Salut maman...ça va? Traduçao: sai de mim, véia...vê se te flagra! Tem varias outras malices que fazem de mim, segundo o Rudi, muito mais que uma mala: uma caixa de papelao molhada na rodoviaria..ah...cheia de livros. Mas fazer o que? Eu tento ser o melhor que consigo mas nao, nao é facil. E nao é facil quando a gente quer ser mae sem sacrificar nada por causa disso. Como sempre amei minha profissao, desde o inicio meu maior medo era algum dia deixar um filho meu entender (mesmo sem querer) que eu sacrifiquei alguma coisa na minha vida por que fui mae. Esse era o meu maior pânico. Ai, resolvi querer tudo e...é claro..pago um preço por isso. Mas tudo bem. Eles que se acostumem com a mae que têm. E carreguem a mala. Afinal, cada um com seus problemas!
PS: pra todas as maes que nao sao malas, parabéns pelo seu dia, aproveitem e continuem assim.
Para aquelas que, por acaso, tenham se reconhecido como um pouquinho malas... o que dizer? Na falta de um dia das malas...feliz dia das maes também. E...bem-vindas ao clube!

Sunday, May 06, 2007

Pedro

Começo por uma pequena coletâneao de alguns dos melhores momentos do meu lindo!Apresentando seu trabalho de fim de ano m 2006. Estava começando a aprender o francês, um desafio que ele abraçou de peito aberto e com muita força de vontade.
Lindo com a sua porteira! Aproveitando o camping!

Com a sua fiel escudeira, amiga pra todas as horas.

Ontem na festa dele. Feliz, yo, basketeur. Ele ama o Québec, mas de vez em quando ele me lembra: Mae, o Brasil é o meu pais! Behn... o meu também...heheheh

Meu lindo presente! Ha dez anos atras eu me tornei mae. Ele foi planejado, pensado, esperado. Mas eu... eu era uma criança também...pobrezinho! Hoje olho para minhas amigas de 24 anos e penso: Caraca, meu! Eu ja tinha um bebê com essa idade! Que loucura! Mas foi assim, e ele sobreviveu a mim e as minhas burradas, graças ao anjo da guarda dele. A Giulia ja pegou o terreno mais preparado, eu ja tinha um pouco mais de experiência, mas o Pe...aguentou no osso do peito mesmo. Mas alguma coisa (nao faço a minima idéia do que seja...) eu devo ter feito certo ... ou ele é muito resiliente...ou tem a influência da calma do pai dele também...sei la... Mas ele é simplesmente incrivel! É cada vez mais homenzinho, mais danadinho, um homem muito especial. Ele exprime um carinho impressionante pelo menores, pelas meninas, pelos amigos. O mais legal é que ele é empatico. Tem uma capacidade enorme de perceber e mesmo sentir quando alguém esta com alguma dificuldade e faz tudo que pode pra ajudar. Esses dias ele chegou em casa me contando que novos colegas, vindos nao sei de que canto do mundo oriental, iam chegar na classe dele. Ele me contava os jogos que estava planejando fazer com esses que ainda nao conhecem a lingua francesa. Pensava lhes convidar para jogar bola, mas estava preocupado que eles nao soubessem ou que nao compreendessem. Sentei ele no meu colo e expliquei que, nao importa o que ele fosse propor, ou em que lingua, eu tinha certeza que os amigos iam entender. Expliquei de novo que o sorriso é a lingua universal da amizade, todo o mundo entende, e que apenas o fato de se propor a brincar seria o maior presente que ele podia dar aos recém-chegados. Conversamos sobre a nossa chegada, sobre os momentos em que também tivemos medo e desconforto, que nos sentimos um pouco 'estranhos no ninho'. Mas o que eu achei mais lindo foi a preocupaçao dele com os outros, a capacidade de se colocar no lugar e tentar ajudar, tentar reconfortar, abrir o coraçao. Ele sempre me emociona esse menino! Ele também tem seus momentinhos edipicos me chamando de 'linda' e dizendo que tem a melhor mae do mundo. O engraçado foi quando perguntei por que ele achava que tinha a melhor mae do mundo. Resposta: 'É assim, mae! A familia é perfeita. Tem a Giu que sempre quer brincar comigo, o pai que é brincalhao e divertido e tu... tu que me exige de fazer os temas bem-feitos, incomoda pra que eu estude, me ajuda a ser organizado e caprichoso e esforçado. E tu trabalha forte!'. Pensei...pensei... nao sei se gostei muito da resposta...hehehe Os outros membros da familia sao os divertidos e eu, em outras palavras, a mala. Mas mesmo assim ele gosta e acha bom...interessante...hehe Mas ai, ele salvou a patria finalizando:' Além disso tu é muito palhaça também! Mas mae, ja pensou se nao fosse tu?'. Coisa mais amada! Quer dizer que ele reconhece que as minhas malices têm um sentido e mesmo sendo assim, ele se sente amado. Talvez ele se sinta, cuidado! Tomara. O que acho bonito é a franqueza com a qual ele se exprime. Espero que nunca perca isso. Aqui no Québec, quando a criança faz 10 anos, todo mundo diz que é um pré-adolescente. Ja comecei a me sentir meio véia, mas ele adorou esse novo titulo, e acabei me acostumando. Voila, euzinha, mae de um pré-adolescente. Pois é...Ha dez anos eu nao sabia o que me aguardava. Hoje eu começo a ver os contornos do homem que aquele bebezinho gordo esta se tornando. E eu gosto. Acho que estamos conseguindo dar-lhe as raizes. So peço a Deus que me ajude a ser capaz de dar-lhe também as asas.

Thanksgiving!!!!

Tinha tanta, tanta coisa pra comemorar, que na verdade acabou sendo mesmo uma festa de Thanksgiving fora de época. Era também uma open house, o aniversario de Pedro e Giulia, comemoraçao da bolsa, etc, etc. Mas sobretudo foi mesmo um momento de dizer MUITO OBRIGADA a Deus e a todos os nossos amigos queridos que, mesmo sem se darem conta, foram os grandes reponsaveis pela facilidade com a qual nos adaptamos a nossa nova Patria. Como eu disse no momento de meu discurso oficial na festa (sim, aqui temos até palanque!), nada disso teria valor sem a amizade e o carinho de cada um deles. Sem a parceria, o ombro, as respostas as nossas questoes, as duvidas e os medos compartilhados, tudo! Como diz aquela piada mais velha que a minha bisavo: qual é a graça de comer a Sharon Stone se nao tiver ninguém pra quem contar? Ou como canta atualmente o Jota Quest: 'Se você nao vem comigo, nada disso tem valor. De que vale o paraiso sem o amor?'.
Check ça! Vida de churrasqueiro no Québec nao é facil. Ta ai o Rudi, obstinado a fazer seu churras no carvao e tentando resistir aos barbacues elétricos e a gas... Pra piorar, apesar do dia estar lindo, tinha um vento a milhao. Tadinho! Pensei que os vizinhos iam ligar pro 911 de tanta fumaça que saia! Ja tava até separando uma cervejinha pros bombeiros. Mas deu tudo certo, o churras semi-brésilien-semi-quebecois foi muito elogiado. Meu pai, gaudério dos pampas, pode ficar muito orgulhoso de seu genro paulistano. A galerinha do Pedro. Tinha muito mais crianças, mas essa foto eu tirei no inicio (sempre tenho medo de deixar pra depois e esquecer...e sempre acabo esquecendo mesmo!). Uma coisa que aprendi om a minha mae é que mesmo sendo tu que oferece a festa, tem que dar um jeito de aproveitar.As gurias da facul. Fiquei hiper-feliz que ela vieram, afinal puderam também conhecer um pouco do meu povo e da minha cultura. Ficaram impressionadas com a quantidade de 'bouffe' que nao terminava mais. Provaram negrinho, branquinho e mandioca frita. Mas o mais importante de tudo, foi o que exprimiu a Amélie, a mais timida, quando ia embora. Ela me disse assim (em bom québécois, claro): 'Muito obrigada por te me convidado. Ninguém consegue ficar de mau-humor num lugar assim. A energia e a alegria de vocês sao contagiantes!' . Voyons! Merci a vous!
Ja da pra perceber que essa foto foi mais tarde!heheeh Ela exprime muito bem o clima da festa. Alegria, alegria!

A Vitoria linda, que conheci na barriga da mae dela! A Gores e a Vania, umas das primeiras amigas que fiz aqui. Acompanharam todo o processo e mesmo assim continuam gostando de mim (pelo menos aparentemente...hehehe). O detalhe do chapéu vermelho...é que ele tem uma bandeira do Canada atras e na frente escrevemos o nome do orgao de pesquisa do qual ganhei a bolsa de doutorado. Tinha que inventar alguma palhaçada, a doida aqui!


E ele continuava la, minha gente! Horas e horas do lado da 'bolha' metalica que ele chamava de churrasqueira. Passou a tarde toda assando as carnes e perfumando a galera. O clima da nossa relaçao sempre foi meio 'I'll be there for you'. A gente passou tanta coisa complicada juntos, mas ele nnca saiu do meu lado. Como é bom poder partilhar os bons momentos também, mostrar que afinal casamento nao é so espinhos e que mesmo uma mala como eu pode dar alguns momentos de felicidade! ;)


Wednesday, May 02, 2007

Ele chegou!!!!

Finalmente apos 40 anos de espera, os lavallois ganharam suas estaçoes de metrô. Tadinhos, quanta espera! No sabado, inauguraçao, teve gente que se acordou as 04:00AM para pegar o primeiro metro em Laval que saia as 05:34. Claro que a maioria eram os velhinhos, os que mais tinham aguardado e os mais felizes. A televisao mostrava rostos risonhos, camêras fotograficas de todos os tamanhos e um montao de gente se "promenando" pra la e pra ca entre as estaçoes. Eu nem ia aparecer, apesar de que agora a primeira estaçao de Laval, a Cartier, fica ha 10 minutos a pé de chez nous, mas no fim das contas precisei levar a Giu no ballet e la nos fomos nos. Nossa estaçao é linda e modernissima, modéstia a parte! Tinha festa, palhaços, discurso do prefeito, do Charret, etc. Nao vimos nada, so pegamos o metro. Que alivio nao depender mais dos bumba da STL. A ma noticia é que terça-feira, dia de comprar o passe mensal, a galera tava louca da vida. Um monte de gente esbravejando na estaçao e os seguranças, muito polidos, quase convidando as criaturas a se retirarem. Motivo? O preço. O passe mensal de Laval continua o mesmo preço (incluindo onibus e metro) que antes. Mesmo quem nao pega onibus, como eu, vai ter que pagar 103,00C$. Sacanagem! Mas paciência. Como aqui todo o mundo tem direito de espernear, acho que logo isso deve mudar. Espero!