Thursday, July 19, 2007

Rudi e fraises

Minha familia. Meu porto-seguro.No finde do niver do Rudi fomos tomar café na regiao da Montéregie, mais precisamente em uma pequena cidade chamada Moint Saint Grégoire. Descobri este lugar em um programa de TV que eu adoro, se chama ' Deux filles en vacances'. Sao duas artistas québecoises que visitam varios lugares do Québec com outros artistas convidados. Cada semana elas estao em um canto. Acho super divertido e ainda por cima, nos da a oportunidade de descobrir uns cantinhos bem pitorescos, pertinho da gente. Este lugar é uma espécie de fazenda de plantaçao de morangos, maças, bluets (sei la a traduçao...tô pra dizer que nao existe) e ainda por cima tem um restaurante especializado em crepes...Uma maravilha! Primeiro nos explodimos de comer, depois fomos colher. Nesta foto nos estamos dentro da créperie, super mimosa.A Giu na entrada do campo de colheita de morangos. Muito engraçada esta mulherona feita de grama.
Os dois en train de colher. O bom é que a gente paga pelo que colhe, mas o preço ja inclui certamente o monte que tu consegues comer durante a colheita. Nao tem nada melhor! Os morangos do Québec sao hiper saborosos, bem diferente dos americanos que a gente compra no super (gigantescos e pura agua por dentro).
Eles mostrando o saldo do dia. Nunca comi tanto morango na minha vida. Esta é uma outra atividade que quem tem crianças nao escapa... So que essa eu adoro! Uffs!













Wednesday, July 18, 2007

So pra ti

Eles se conhecem e se acham legais.
Uma bela manha ela acorda com uma sensaçao estranha e se pergunta o quanto exatamente conhece o cara que dorme tranquilamente ao seu lado. O mais esquisito é que, por algum motivo misterioso, ela nao tem vontade que le va embora e nem tampouco de sair correndo dali. Ele acorda e em pouco tempo estao partindo pra alguma praia da qual ela so conhece o nome e olhe la. A cena se repete. Dez, quinze, vinte vezes. Aos poucos ela vai descobrindo que fica mais dificil se afastar do guri, que ele cerca, liga, espera...nao importa o quanto. Assustada, ela recua. Depois de um tempo, ele some. Depois de mais um tempo ele reaparece e tudo recomeça.
Uma bela manha ela acorda com uma sensaçao estranha e se pergunta o quanto exatamente conhece o cara que dorme tranquilamente ao seu lado. Lembra que ja se passaram 12 anos, que duas pequenas criaturas dormem no quarto ao lado, que atravessaram um oceano e muitas outras coisas para estarem onde estao. Ela passa a mao nos cabelos dele e percebe que outros brancos apareceram. Lembra que seu Loréal numero 1 acabou. Na sala ainda tem uma prancha de surfe. Nao importa quantas salas ja passaram pela vida deles, todas, em algum momento abrigaram uma prancha. Ela percebe que muitas coisas mudaram, eles envelheceram mas também se tornaram mais maduros. Engordaram um pouco, mas ficaram muito mais charmosos. Brigaram, mas ficaram mais unidos depois. Aprenderam juntos, separados, cada um no seu canto. Aprenderam muita coisa....e ainda precisam aprenderer muitas outras.
O dia começa e a casa ta cheia. Crianças enchem a vida, a casa ... e o saco as vezes... Normal. Ela vai se dando conta que no fim, na melhor das hipoteses, serao outra vez os dois. É preciso que os pequenos de hoje, sejam grandes amanha e sejam capazes de gerenciar suas vidas de forma o mais independente possivel (de preferencia sem se afastar muuuiittooo). E ai vao ser os dois que estavam no inicio. Bem ou mal, mais ou menos votoriosos, derrotados, cansados, acabados. Vao ser os dois. Ela se da conta que, finalmente, isso também vai ser bom. E percebe o quanto aquele cara é importante, o quanto ela nao trocaria ele por nenhum outro, o quanto ela vai fazer esforço para ter mais tempo pra ele também.
Alguns amores acabam. Outros crescem e mudam de cara. Exatamente como todos os seres-vivos.
Ru, hoje me dei conta que em menos de 20 anos, seremos so nos de novo. Precisamos nos preparar. Cuidar muito da gente para poder fazer muita coisa boa la também. Precisamos aproveitar muito os pequenos por que eles estao crescendo muito rapido e eu nao quero perder nem um segundo disso.
Hoje li sobre o acidente da TAM. O vôo que nos pegamos tantas e tantas vezes. E isso me fez lembrar que eu nao tinha escrito nenhum post pro teu niver, que eu tava atrasada e que, nessas coisas de amor, talvez fosse melhor a gente tentar nao se atrasar. Prazos de trabalho a gente tenta espichar, se nao der a gente empurra mais pra frente. Mas prazos de amor... talvez nao dê pra espichar. Parece que so quando a gente para pra refletir sobre o imprevisivel, que se pode ter consciência do momento presente. Fiquei pensando que, se um de nos desaparecesse hoje, eu nunca ia me perdoar por nao ter escrito o post do aniversario do cara mais importante do mundo pra mim. A segurança dos sentimentos nos faz relaxar...as vezes muito...e nao sei se isso é tao bom assim.
Por isso, escolhi este meio hiper-privado pra dizer, so pra ti, que eu sinto muito nao ter escrito na data certa. Durante todo o ano, tu espera do meu lado enquanto eu escrevo qualquer besteira aqui, exatamente como um menino esperando o pao quentinho que sai as cinco horas na padaria. E tu lê com toda a paciência, e ri, e fala outra vez que eu escrevo bem. Embora tu nunca tenha escrito uma so palavra aqui, tu participa de perto de cada post. E mesmo assim, o teu post sai atrasado....Injustiça.... E ainda por cima, pra piorar, tenho a impressao que este post nao é nada do que eu queria dizer. Talvez eu tenha enrolado muito so pra dizer que eu te adoro, que nada tem sentido sem ti, que tu faz a minha vida muito linda e que na proxima vida...eu quero te encontrar de novo. Nem que seja na forma bovina. Da um jeito de me reconhecer. Vê se nao esquece de mim.

Tuesday, July 10, 2007

Nao basta ser mae...

... e se matar de trabalhar, e ir ao supermercado duas vezes por semana, e limpar, lavar e coser, levar no dentista, ir na reuniao da ecola, comprar material, etc, etc, etc...tem que levar na La Ronde. Nao tem jeito. Nem que seja uma vez na vida (da mae, obvio...)...tem que levar.


Quinta-feira. Chove um pouco. Alguém bate na porta. Nossa vizinha adolescente querida. Salut, habib! Ela pede para levar as crias a La Ronde, no sabado. Ela vai levar também os vizinhos da frente. Primeira reaçao da mae das crias: iiiuuuuppiii!!! Dia livre pra atualisar as leituras! Segunda reaçao, mais racional (bem mais racional): a adolescente tem 16 anos e quer se mandar para um dos maiores parques de diversao das redondezas com quatro crianças entre 12 e 8 anos. So que (detalhe muito importante) as crias ouviram e gritam em volta da mae: oui, oui, oui. Fim da historia: a mae, sem muita escolha graças ao comportamento exemplar das crias na ultima semana, desiste e cabisbaixa diz que vai junto. No entanto, nem tudo esta perdido para esta mae. A meteorologia anuncia chuva...muita chuva no sabado (deve ser verdade...a chuva adora cair no sabado no Québec). Ainda por cima sempre existe a possibilidade, nem tao remota assim, que a ado esqueça o convite face a uma bela noitada de sexta com o seu chum. A esperança...vocês sabem...


Sexta-feira. Nem sinal da ado. Deve ter esquecido. A mae toma um copo de vinho (ou teriam ido dois?), da uma olhada no céu nublado e vai se deitar feliz e relaxada.


Sabado. Oito e quinze da manha. Toca o telefone. A pobre mae desenchavida, escabelada e adormecida atende. Pesadelo. É a ado. Pergunta se vamos com ela. Se vamos precisamos nos agilisar, afinal temos que estar la para a abertura (as 10h), afinal, sabe como é, tem alguns brinquedos que têm até duas horas de espera. Pesadelo duplo. Mas a esperança... Talvez as crias nao tenham acordado com o telefone, eles foram dormir tao tarde, vamos deixar para uma outra vez, né? Tarde demais. As crias pulam em volta como se estivessem acordados ha horas. Vamos mae, vamos mae. Mas a esperança...vocês sabem... A mae, quase vencida, ainda se da o trabalho de olhar pela janela. Céu...semi-azul. Sem saida, sem chance. O pai, surfista desinfeliz da pororoca mais proxima, que até poça anda surfando, ja esta fazendo o café com um sorriso vencedor nos labios. Desde o incicio ele tirou o corpo fora e anunciou a visita a pororoca no sabado. Paciência. Definitivamente vencida, a mae, de cabelos literalmente em pé, cara amassada e ainda meio tonta (o maldito vinho devia ter azedado), toma uma xicara de café ainda esperando o pé d'agua que a loura do canal 35 tinha anunciado. Ah, se eu pego aquela loura, criadora de falsas ilusoes nas pobres maes! Ah , se eu pego!


É verdade, eu nao sou mesmo uma boa compania para parques de diversao. Nunca fui. Diversao pra mim tem mais a ver com praia, sol, parque, verde, comida, esporte. Pode me convidar pra subir morro, descer morro, a pé, de bici, na cacunda... sou parceira. Mas entrar naquelas maquininhas onde perdemos completamente o controle de tudo e ainda por cima pra passar medo....Franchement! O medo é uma emoçao que eu cataloguei como basicamente e principalmente de-sa-gra-da-vel. Assim, nunca fico afim de ativar a monstra. Quando vem, tudo bem, lidemos com ela, afinal, nao podemos esquecer seu papel de proteçao da espécie humana. Mas ficar chamando, implicando e ainda por cima gostar disso...je ne suis pas capable! Sendo assim, sempre fui a babaca da turma, aquela que so de olhar para uma roda-gigante ja quase vomita...pruma montanha russa entao...esquece... Na verdade nao tenho nada contra a sensaçao de voar. Dessa até eu gosto. O unico porém é que nos parques de diversao, o unico jeito que eles tem pra causar essa sensaçao é através das engenhocas que giram. E se girar...ja sabem...fico enjoada. Quanta frescura! Ainda bem que casei com o surfista que muito ja me levou pra barracao de praia, mas que nunca me encheu a paciência pra parquinhos. No entanto, como ninguém passa ileso pelo seu carma, agora tem as crias. Ano passado me fiz de Joao-sem-braço (como diz meu pai) e me livrei. Vejam so...que pena...La Ronde ja fechou pra essa estaçao.


Bom, tudo isso pra dizer que eu fui. E de cara alegre, logico! Uma coisa que a gente aprende com a maternidade é ficar realmente e profundamente feliz em ver a alegria dos outros. Os pequenos estavam tao contentes, mas tao, mas tao, que até esqueci meu mau-humor. Tentei aproveitar. O Pedro foi na maior montanha russa que ele podia. Se apavorou, mas voltou contando pra todo mundo. A Giu, ja um pouco mais (digamos) temerosa, ficou uma boa parte do tempo comigo, dando graças aos céus que eu estava la e ela, além de ter alguém com quem ficar enquanto os outros 4 enlouqueciam, ainda este alguém era mais cagona que ela, o que fazia com que ela se sentisse muito mais forte e feliz. Até a pequena tirou sarro da minha cara. Tudo bem, a gente aguenta (agora so quero ver me pegarem pra outra dessas). Realmente, depois do meio-dia a galera chega em peso e ai, alguns brinquedos ficam mesmo impossiveis. Melhor assim...uauaua (brincaderinha!). Depois de caminhar o equivalente a uns 20 km, o maximo de adrenalina que consegui aguentar foi...foi...Para ta, nao foi o carrocel! Foi uma espécie de chapéu mexicano que eles chamam 'Le tour de la ville'. Tudo bem, pode rir. Como eu tinha dito, a sensaçao de voar é bem legal. So que roda, e rapido, e balança o treco. Gritei que nem um deseperada, pelo menos coloquei os diabos pra fora. A Giulia do meu lado so ria. Nem os olhos eu abri. Depois fomos todos juntos tomar banho no Splash. Esse foi o ultimo por que tu sai mesmo ensopado e nao tem impermeavel que resolva. É o tal barquinho que sobe, sobe e desce uma lomba ingrime a milhao e splash... Confesso que até gostei.


Sabado ainda (interminavel sabado). Quatro horas. La Ronde fervendo de gente. nada das pancadas de chuva da loira. Nunca mais assisto a meteo do 35. Ensopados, cansados, esmilinguidos, e sobretudo de saco cheio das filas, por unanimidade foi decidido que voltariamos para casa. Ainda tentaram me seduzir no finalzinho: mas a gente volta outro dia, né mae? Ah, nao. Tudo tem limite. Resposta: nao comigo. Reaçao: gargalhadas. Melhor assim. Agora quem tirou o corpo fora de uma vez por todas fui eu.


Pelo menos chegando em casa o pro da pororoca ja estava aqui...e fazendo churras! Cois quirida! Mas pera ai...Cois quirida uma ova! Tomei meu banho e dei uma de princesa. Eu mereço.A turminha. Falta a Maysa ado organisadora que nesta hora estava no celular com seu chum. Como eu disse, vale a pena pela alegria deles. Todo mundo ja foi criança e gostou de parques assim. Tem que ir.

Essa é so pra quem ainda ta pensando que fiquei mais doida que ja era. Voici a propaganda da Mastercar. O cara da foto é um dos donos de escolhinha de surfe na pororoca. Alias, ele esta surfando na dita cuja. Como diz minha amiga Rê: 'tem cada uma que mais parece duas'.

Friday, July 06, 2007

Eu fui.

Quinta-feira. O dia todo trabalhando feito uma vaca jérsey. Meio-dia me mando pra Boucherie de Paris pra comprar um sanduba e voltar correndo pra telinha dos milagres. Encontrei minha amiga francesa. Papo vai, papo vem, perguntei se ela nao gostaria de dar uma passadinha no Festival International de Jazz. Expliquei que ano passado tava tao doida que, quando em dei conta, o festival ja tinha passado ha horas. Ela toda empolgada, falou que também nnca tinha ido e combinamos de ir pra la no fim da tarde. Adoro isso. Quer ir? Vamos. Fim. Nao tenho o menor saco para combinar muito os encontros. Sabe quando a gente convida alguém e sempre ouve as mesmas respostas do tipo: ah, que pena, tenho que cortar a unha do meu gato! Ou: acho que nao vai dar, preciso passar o aspirador; que pena minha casa ta uma bagunça, acabou o leite...Coisas assim! Tento uma vez, duas e fim. Sinto muito. No way! Entendo, mas nao compreendo. Em todo caso, concordo que eu sou um pouquinho mais empolgada que o normal. Mas desta vez, joguei as fichas no canto certo. A Madeline embarcou direto e às 18 h la estavamos nos nos mandando pro centre ville. Coisa engraçada a organizaçao dos québecois. Pois nao é que as criaturas conseguiram isolar a area de um festival ao ar livre. Pois é... Tu chega no cercadinho e tem que abrir a mochila pro segurança. E se tu ficar perdido, pior pra ti. Cada vez que sai e entra tem que mostrar de novo. Por uma lado é sacal, mas tem logica e a gente acaba se sentindo mais protegido. Entrando la, tu logo te da conta, a fauna de tipos humanos é impressionante. Tu vê absolutamente de tudo. Tudo mesmo. Logo, logo a gente percebe que a cidade esta entupida de turistas. Um monte de gente falando inglês e outras linguas menos populares. Agora, eu sei mesmo quando tem turistas é quando percebo um cara olhando pra mim. A primeira coisa que eu penso é que tem alguma coisa errada com meu cabelo, ou que a criatura me conhece, deve ser marido de uma ads gurias, sei la. Aqui a gente desacostuma. Québecois nao deve ser. Os québecois nao tem o habito de paquerar em publico ou sou eu nao faço o gênero deles. Sabe essas encaradas, aqueles assobios irritantes, aqueles 'ai, gos-to-sa', que certos brasileiros gostam de mandar a qualquer rabo-de-saia que passe na frente deles? Eu sei, eu sei, é nojento. Mas confesso, depois de um ano aqui, a gente até sente falta. Uma amiga minha conta que conheceu uma guria que ficou 10 anos aqui, casou e separou de um quebecois e voltou pro Brasil. Meio deprimida, ela tava subindo num ônibius, quando um cara na parada soltou um 'gostosa'. Ela nao aguentou e desceu do ônibus. Olhou pra ele, que ja tava todo assustado, e disse assim ' Ai moço, por favor, da pro senhor dizer de novo?'. Bom, sei que tinha la umas criaturas vindas sei la de onde, que ainda guardam o habito de olhar pro sexo oposto. Finalmente, melhor assim. Pelo menos fiquei sabendo que ainda nao me transformei completamente numa ameba disforme incolor e insipida. Caminha pra la, caminha pra ca, eu ja meio de saco cheio de ouvir jazz (grupos muito legais, é so que nao é exatamente meu tipo de musica preferido).... eu ouço uma espécie de batucada. Falei pra Mad: cara, tem um grupo latino aqui...eu tô ouvindo uma batucada, vem... E fui tentando identificar de onde vinha o lance. Sobe escada, desce escada, chegamos. Do lado do palco estava escrito ' Tropiques', tive certeza que tava no lugar certo. So que os caras nao cantanvam em nenhuma lingua latina, nem inglês ou alemao, ou chinês. Tentei identificar... Arabe! Um som simplesmente dez. Me botei a dançar que nem uma doida, nem ai pro fato de ter um lap-top na mochila. Segundo a Mad o tipo de usica se chama raï, e é a musica dançante arabe que tem como expoente maximo Rachid Taha, que eu ja tinha até ouvido falar por aqui e que acabou dando uma canjinha pra alegria da galera. Ela disse que na França esse tipo de musica é hiper popular. So sei que eu amei!!! AMEI!!! O grupo se chamava 'Les boukakes' (segundo a Mad, algo que pode ser traduzido cmo 'os ralés' em português, mas ela nao fala português, portanto a traduçao...vocês sabem quem fez...). Criaturas do céu, como eu dancei. A meteorologia anunciava tempestade...qual nada! A noite estava deliciosa, a musica maravilhosa e fora o fato de ter pago 5 dolares por um copo de cerveja que mais parecia copo de licor...o resto tava 10! Valeu demais! Eu bem que queria ter ido no Carlinhos Brown que abriu o festival, mas eu tava atrolhada de trabalho, aquele dia chovia e me contaram que estava tao atrolhado que na dava nem pra se mexer, quem dira dançar. Além disso, eu ja conheço musica brasileira. Arabe, nao. Nunca pensei que ia gostar. Uma supresa emocionante mesmo. Pra dizer a verdade me senti meio cidada-do-mundo. O efeito desta musica em mim foi muito louco. Parecia que eu sempre tinha escutado aquilo, que fazia parte de mim, nao queria mais que acabasse. Meu unico medo era que alguém viesse falar comigo em arabe. Eu tava la, tao a vontade, mas tao à vontade e meio bronzeada, que nao é de se entranhar se a galera pensasse que sou tunisiana. De novo: AMEI!!! Me dei conta que, as vezes, sendo brasileiros e vivendo aqui, a gente acaba se apegando muito aos eventos brasileiros pra sentir o gosto da terrinha, e no fim, pode estar perdendo de experimentar coisas novas, coisas maravilhosas, que a gente so vai descobrir se der uma chance pro acaso. Minha primeira experiência no FIJM nao poderia ter sido melhor! Nao sei se eu ja disse que adoro iso aqui ....

Tuesday, July 03, 2007

Respondendo ao leitor

Camila: super legal! Boa sorte na entrevista (mas acho que ta no papo).

Thasia: olha so...Depende muito do doutorado que vais fazer. Eu te aconselho a escolher primeiro a universidade, o programa, o orientador. Uma vez tudo isso decidido, dai da pra pensar em bolsa. Cada programa tem um tipo de bolsa de excelência federal ou provincial para o qual tu podes concorrer (na maior parte das vezes tem que ser pelo menos residente permanente). Além disso tem o Prêt et Bourse do Québec que quebra um galho no inicio. Da uma olhada na internet. É mais ou menos isso, se quiseres saber algo mais especifico escreve pra mim.

Marcio e André: pois é... Vê se pode! Agora todo o fim-de-semana o moço se manda pra la. Ja estamos descobrindo outras ondas pro lado de La Salle, mas ele ta tao feliz com o Habitat que nem pensa em mudar de point (se é que se pode chamar a pororoca de point).

Carol: ai desculpa...nao sou a pessoa mais indicada pra dar dicas sobre lugares pra ficar. Por dois motivos: primeiro - o que é legal pra mim pode nao ser pra ti, segundo - cheguei aqui com duas crianças e 13 malas, a menos 30 e sem a minima idéia de onde é que eu ia dormir. Agora, se vocês vao chegar na alta temporada, vale a pena dar uma reservadinha basica, por que os hotéis um pouco mais em conta podem estar atrolhados. Agora uma dica eu posso te dar: tem uma galera de brazucas que acabaram de chegar aqui e todo mundo tem blog. Eles contam tudo direitinho, tem mil sites uteis pra isso que tu precisas. Tem desde gente chegando em hotel cinco estrelas até a galera que ja chega com uns studios bem legais alugados. Vale a pena dar uma fuçada.

Otavio: se tiver algo que nao respondi pode escrever, ta?

Pra quem nao tem: mypsi2002@yahho.com


Andrea, Tê, Sandra, Rê, Leitora anônima e envergonhada, Elenara, Camila: que bom que vocês gostam. Espero que possa ser também um pouco util pra vocês, embora devo confessar que esse blog vai cada vez mais sair do padrao 'informaçoes sobre imigraçao' e entrar mais no 'entretenimento para momentos de boca-abertice'. Tô impressionada com o numero de blogs de brasileiros pipocando. Eu ja tô ficando meio véia por aqui e nem tô muito mais no hip imigraçao, deslumbramento inicial, bye bye brasil... Tudo passa e essa fase também ja passou.