Em busca do "chez moi"
É engraçado, mas esta expressão vem tomando conta de meus pensamentos nos últimos dias. Chez moi... Aqui usamos esta expressão para designar nossos países de origem. Chez moi é assim e assado.Contudo, desde o início este uso me incomodou. Como assim, chez moi, o Brasil? Voces sabem que a expressão, que não tem uma tradução muito literal, quer dizer algo como "meu lugar, meu lar, minha casa". Não! Definitivamente, o Brasil não é mais a minha casa. Pelo menos por enquanto...hehe Tá, então, chez nous, diz o Rudi, deve ser o Quebéc. Também não, discuto eu. Como posso chamar de "meu lar"um luguar onde ainda não tenho sequer o domínio da língua?Conclusão: não tenho chez nenhum... hehehe Que caos! É estranho, mas estou meio que sem pátria. Este é o país que escolhi para viver, por isso, agora minhas atenções estão muito mais voltadas para as trapalhadas do Harper do que para as do Lula. Aliás, nunca mais pensei neste cidadão! Minto: pensei quando tivemos que, obrigatoriamente, ir ao Consulado do Brasil para nos inscrever para as eleições de 2006. Votar em quem, Cristo? Voltando ao assunto do post,acho que esta sensação é passageira, mas este primeiro momento é, em bom frances, bizarre! Falando em frances, decidi encarar agora pra valer. me dei até o fim do ano para estar flu-en-te.Será que é possível? Paciencia, vai ter que ser... Até decidi parar de trabalhar para me dedicar a isso com força total. Voces precisam ver o tamanho da apostila do meu curso... Detalhe: a turma já tá na metade e na primeira parte tem muita coisa que não vi. Já estão na voz passiva pra todos os tempos verbais (subjuntivo inclusive) fiquei quase louca semana passada. Conversando com um amigo pelo Mensager, eu me vi dizendo algo muito sério. Quando a gente tá esperando o processo, agente pensa: "ai, que exercício para a annsiedade... que ótima oportunidade de crescimento pessoal. "E a lição básica é: viva um dia depois do outro. Preocupe-se só com o que pode mudar, adiantar ou melhorar. O resto, o tempo cuida. Bom, aí a gente chega aqui e fica querendo que as coisas aconteçam mais rápido. A gente acha que, por que planejamos tanto, agora tinha que ser tudo mais previsível e concreto... Balela! As coisas continuam no seu ritmo próprio, meio que dando risada das nossas caras desesperadas sapateando pela vida. Ou seja, o exercício para a ansiedade continua aqui. É como um joguinho de videogame, numa "fase mais avançada". Voce provou que pode chegar até aqui. Vamos ver se vai adiante. Este amigo, o Anderson, perguntou o que eu mudaria, se estava arrependida. Arrependida, nunca!!! O que eu mudaria? Teria vindo há mais tempo e agora estaria vivendo meu décimo ano e não meu primeiro (mágico e aterrorizante)... hehehe
4 Comments:
Vota na esquerda. Toutjours la gauche!
Leonardo
E ainda existe "gauche"por aí????hehe
Bonjour, suas palavras me deram um pouco de tranquilidade eu estou muito ansiosa pq só vou dar entrada no processo ano que vem e fico contando os minutos mas vc tem razão vou viver um dia de cada vez e aprender o maximo de francês. Bjocas...
Je me regale avec tes histoires, j'aime bien ton style et ton attitude devant la vie!
Je suis impatiente de connaître ce que Dieu a en reserve pour vous et je sais que c'est le meilleur!
C'est marrant, j'ai l'impression de vous connaitre tout en accompagnant vos aventures :)
Un gros bisous pour vous!
Mirian Raquel
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