Giulia

Hoje é o aniversario dela! A mais linda, a mais maravilhosa, a mais esperta, a mais incrivel de todas as mulheres do mundo!!!! (e com a mae mais coruja também!) Minha peixinha faz 8 anos hoje! Realmente nao temos mais bebês em casa (que bom...hehehehe) Devo confessar que curto mais essa historia de ser mae a cada ano (dia!) que passa. Agora acho bem mais divertido... e dificil... Os problemas nao sao mais vacinas, mamadeiras e fraldas. Agora temos que responder questoes polêmicas e para as quais, na maioria das vezes, nao temos respostas...Simplesmente, nao sabemos! As perguntas preferidas da Giu neste momento (como as minhas tb na idade dela) envolvem a morte: 'Para onde a gente vai depois que a gente morre?' (aucune idée...acho que pro Céu, quero crer...mas essa historia de Deus castiga, inferno e tal... eu DETESTO, e nunca vou ensinar pra ela... Entao me resumo a resposta mais verdadeira pra mim: Sei la, mas Deus é muito bom e certamente deve haver algo muito bom pra nos depois que a gente faz o que tem que fazer aqui.) ou entao: 'Nao sei o que vou fazer quando tu morrer!' (o que dizer?) Enfim, a danadinha me enrrasca com essas questoes metafisicas! Sexo também é um assunto abordado, mas esse eu acho MUITO mais tranquilo, pelo menos posso tentar achar respostas objetivas. Enfim, esse ano minha pequena passou por muitas emoçoes, conheceu muita gente, aprendeu uma lingua nova (que, diga-se de passagem, ela tem fluência E acento québecois!hehehe), CRESCEU! E como! E em todos os sentidos! O engraçado é que ainda lembro de mim com 8 anos e (caindo no senso comum) parece que foi ontem! Nao, nao foi ontem. Quanta coisa mudou em mim de la pra ca. Sei que no fundo sou a mesma criatura so que mais madura, mais desconfiada, mais machucada, mais vivida. É duro pensar assim! De alguma forma acho que nos, pais, sempre temos a ilusao de que vamos conseguir evitar todo o sofrimento para nossos filhos, doce ilusao que perdemos aos poucos e rapido. Ainda lembro quando levei ela pra fazer o teste do pezinho. Ela tinha apenas alguns dias de vida. A enfermeira picou o pezinho dela e ela abriu a choradeira. Deixei ela na sala com o Rudi, sai correndo e fui soluçar na salinha de espera. Como é duro ver alguém machucar um filho da gente.... nem que seja com a melhor das intençoes, parece uma injustiça enorme. Ai me dei conta que a picada no pezinho nao era nada se comparada a tudo o que a gente vive pelo caminho. A dor de uma rejeiçao (mesmo que numa situaçao aparentemente boba) é tao grande e...la no fundo...eu queria poder livrar ela de tudo isso. Mas caio em mim e me dou conta que sao as dores da vida que fazem a gente avançar, amadurecer...e sobretudo...viver melhor e ser mais feliz. Talvez o segredo da criaçao dos filhos seja so um: ensinar a fazer 'do limao uma limonada' (como sempre disse a minha mae). Ja que os limoes sao mesmo inevitaveis, pelo menos que aprendamos a transforma-los em algo que nos acrescente, que nos dê mais prazer. Também nao sei... sao so divagaçoes! Ha oito anos atras uma auxiliar de enfermagem, na sala de preparaçao para o parto, me pediu as 'roupinhas do bebê'. Lembro que, meio atônita, tirei de uma sacola um tip-top rosa. Naquele momento me dei conta que, em algumas horas, quando eu saisse dali, a minha menininha-surpresa estaria no meu colo. Choque! Hoje, tudo que eu mais quero é que ela permança muito tempo no meu colo e que ela saiba, que nao importa a distância que possa vir a nos separar, esse colo estara sempre aqui, esperando por ela.

Abaixo alguns dos 'melhores momentos' dos 7 anos da Giu.Terminando a classe d'accueil. Super-hiper francisada! A professora dela, que ela mais amava e que ajudou enormemente minha tatuzinha.No verao, experimentando o camping québécois. Adorou! Ela anda fazendo mil planos para esse verao (tenho que dar um jeito de tirar uma folguinha!).

A visita da vo, em agosto. Minha mae foi a primeira a saber que a Giu ia chegar, antes mesmo de eu fazer o exame. E ficou tao exultante, tao feliz, mas tao feliz...que eu acho que é essa energia enorme que une tanto as duas até hoje.

No Insectarium, experimentando a sensaçao de ter m lagardo n corpo.

Aqui em casa, no Natal. Toda feliz com suas pantufas novas. A Giulia é uma criança que nao precisa de muitas coisas materiais para ser feliz. Na verdade, quando é obrigada a escolher um presente, fica até meio perdida. O que ela gosta mesmo é de ter a familia reunida (em volta dela, de preferência). Talvez seja por isso que hoje ela nao quis festa, nem chamar ninguém. Levei um bolo para ela comer com seu professor e seus colegas. A festa de verdade, pra ela vai começar no momento em que eu e o Ru formos busca-la na escola. Ai ela quer buscar o Pedro e ir até o KFC comprar uma frites au poullet para comermos juntos em casa vendo seu programa preferido dela na TV. Todo mundo junto, bem pertinho. Tudo muito simples! Tudo muito profundo! Tudo muito o jeitinho dela!