Beyond the mother tongue
Comentado os comentarios...Sandra: sorte a de vocês de ter tido uma boa experiência. Eu desejo de todo o meu coraçao que todos os professores da francisaçao em Québec sejam como a profe de vocês. Talvez eu tenha apenas tido ma sorte...mas te falo em pé frio, hein? Duas vezes e em dois colégios diferentes! Alias, a Dani também pegou um bananas como ela diz... pelo menos nao sou so eu...heheheeh Falando em Dani, ela tem mesmo toda a razao. Coisa irritante é mesmo imigrante preguiçoso, so piora se for presunçoso também...Sai de mim! Agora, quem acabou inspirando este post foi a Camila. É que ela me lembrou de comentar alguma coisa que sempre penso, mas nunca lembro de escrever.
É bem verdade que a 'fluência' na lingua (no caso francês) é importante para integraçao. Ninguém nega. Mas também...nao é tttuuudddoooo iiissoooo! Explico-me. Uma professora la da universidade esta fazendo uma pesquisa sobre os acomodements raisonables e uma das minhas amigas trabalhou com ela. Pois ai, a gente falando sobre imigraçao, linguas e tal, a minha amiga me conta sobre uma pesquisa que ela leu em funçao deste trabalho. Os caras estavam verificando os principais fatores que contribuiam para a boa integraçao dos imigrantes. Nao me perguntem detalhes por que eu nao li o tal paper. Mas o que ela comentou foi que a lingua...pasmem...nao é o principal. Ai o pessoal em volta riu e disse que eu era o melhor exemplo disso. É que quando comecei meu doutorado eu compreendia muito bem francês e era capaz de me fazer entender sem problemas, mas a fluência...nem cheiro. Alias, essa historia de se fazer entender é meio fraun. Quando eu perguntei pra uma monitora da francisaçao qual era o bendito objetivo deles la, ela me respondeu que o principal era que os imigrantes 'se fizessem entender'. Bem modesto este objetivo, ja que até com sinais de fumaça a gente é capaz de se comunicar...mais bon. Mas voltando ao assunto, eu era bem meia-boca (ainda sou, mas era mais). Mesmo assim, nunca tive grandes problemas de integraçao. Entao o pessoal achou que a tal pesquisa tinha tudo a ver.
Pra quem sua neste bendito francês que nem eu, ouvir isso é bem estranho. A gente pensa que, se soubesse melhor a lingua, estaria mais safo ainda. O que pode até ser verdade. Mas pensando bem, as conclusoes dos caras tem algum sentido. É obvio que ter um nivel meia-boca da lingua é hiper-necessario, mas nao é tudo. Se fosse, era so jurar que todos os marroquinos, libaneses e outros paises onde eles estudam francês desde pequeninhos, iam se adaptar muito facilmente aqui, o que nao é vedade de jeito nenhum. Sim, tem muitos que se adaptam, mas tem outros que nao. O que prova que ha algo além da lingua que influe ai na historia. De novo...nao li o paper...nao sei que outros fatores eles listavam, mas posso presumir da minha cabeça (ja que esse aqui é o meu blog e...diferente de meus trabalhos de todo o dia, eu posso dizer so o que EU penso...oh, liberdade!).
Pro meu gosto, esse lance de integraçao tem muito mais a ver com uma postura subjetiva do 'ser'. Os imigrantes mais bem integrados que eu conheço (nao tô contando as gurias casadas com québecois, que ja saem muito na frente no quesito integraçao), têm uma coisa em comum: boa vontade. Parece muito simples, mas pra mim é isso. Boa vontade. Boa vontade de tentar, errar, quebrar a cara, rir um pouco de si mesmo e tocar o barco. Gente que nao se leva tttaaaooo a sério, que ta mais afim é de viver o que for e fazer o que der. Gente que nao ta esperando resultados pra amanha e nao acha que, so porque veio de outro pais, todas as portas têm que se abrir automaticamente pra sua majestade - ele. Se os québecois sao frios ou quentes, eu nao sei. Pra mim sao como as pessoas de qualquer outro lugar do mundo: tem os nota 1000 e tem os podres. Escolhe teu lado. Entao, é so pra dizer pra Camila que, d'après moi, quanto mais a gente sabe a lingua, melhor. Mas sempre lembrando que isso NAO é tudo, e ... (vou mais longe e me arrisco...) TALVEZ nao seja nem o principal. E so pra acabar, quanto eu penso em integraçao por aqui, sempre lembro daquela musica do Cazuza que diz:
' a solidao é pretensao de quem fica escondido fazendo fita'.
É bem verdade que a 'fluência' na lingua (no caso francês) é importante para integraçao. Ninguém nega. Mas também...nao é tttuuudddoooo iiissoooo! Explico-me. Uma professora la da universidade esta fazendo uma pesquisa sobre os acomodements raisonables e uma das minhas amigas trabalhou com ela. Pois ai, a gente falando sobre imigraçao, linguas e tal, a minha amiga me conta sobre uma pesquisa que ela leu em funçao deste trabalho. Os caras estavam verificando os principais fatores que contribuiam para a boa integraçao dos imigrantes. Nao me perguntem detalhes por que eu nao li o tal paper. Mas o que ela comentou foi que a lingua...pasmem...nao é o principal. Ai o pessoal em volta riu e disse que eu era o melhor exemplo disso. É que quando comecei meu doutorado eu compreendia muito bem francês e era capaz de me fazer entender sem problemas, mas a fluência...nem cheiro. Alias, essa historia de se fazer entender é meio fraun. Quando eu perguntei pra uma monitora da francisaçao qual era o bendito objetivo deles la, ela me respondeu que o principal era que os imigrantes 'se fizessem entender'. Bem modesto este objetivo, ja que até com sinais de fumaça a gente é capaz de se comunicar...mais bon. Mas voltando ao assunto, eu era bem meia-boca (ainda sou, mas era mais). Mesmo assim, nunca tive grandes problemas de integraçao. Entao o pessoal achou que a tal pesquisa tinha tudo a ver.
Pra quem sua neste bendito francês que nem eu, ouvir isso é bem estranho. A gente pensa que, se soubesse melhor a lingua, estaria mais safo ainda. O que pode até ser verdade. Mas pensando bem, as conclusoes dos caras tem algum sentido. É obvio que ter um nivel meia-boca da lingua é hiper-necessario, mas nao é tudo. Se fosse, era so jurar que todos os marroquinos, libaneses e outros paises onde eles estudam francês desde pequeninhos, iam se adaptar muito facilmente aqui, o que nao é vedade de jeito nenhum. Sim, tem muitos que se adaptam, mas tem outros que nao. O que prova que ha algo além da lingua que influe ai na historia. De novo...nao li o paper...nao sei que outros fatores eles listavam, mas posso presumir da minha cabeça (ja que esse aqui é o meu blog e...diferente de meus trabalhos de todo o dia, eu posso dizer so o que EU penso...oh, liberdade!).
Pro meu gosto, esse lance de integraçao tem muito mais a ver com uma postura subjetiva do 'ser'. Os imigrantes mais bem integrados que eu conheço (nao tô contando as gurias casadas com québecois, que ja saem muito na frente no quesito integraçao), têm uma coisa em comum: boa vontade. Parece muito simples, mas pra mim é isso. Boa vontade. Boa vontade de tentar, errar, quebrar a cara, rir um pouco de si mesmo e tocar o barco. Gente que nao se leva tttaaaooo a sério, que ta mais afim é de viver o que for e fazer o que der. Gente que nao ta esperando resultados pra amanha e nao acha que, so porque veio de outro pais, todas as portas têm que se abrir automaticamente pra sua majestade - ele. Se os québecois sao frios ou quentes, eu nao sei. Pra mim sao como as pessoas de qualquer outro lugar do mundo: tem os nota 1000 e tem os podres. Escolhe teu lado. Entao, é so pra dizer pra Camila que, d'après moi, quanto mais a gente sabe a lingua, melhor. Mas sempre lembrando que isso NAO é tudo, e ... (vou mais longe e me arrisco...) TALVEZ nao seja nem o principal. E so pra acabar, quanto eu penso em integraçao por aqui, sempre lembro daquela musica do Cazuza que diz:
' a solidao é pretensao de quem fica escondido fazendo fita'.