Sunday, April 30, 2006

Finde social

Esse foi o finde mais social que tivemos desde que chegamos aqui. Geralmente fazemos nossos programas de semi-turistas entre nós, mas esse finde foi diferente e tudo começou na sexta...O programa de rádio do Rudi foi transmitido do Festival des Musiques et du Monde, que foi numa casa de cultura perto da estação de metro Henry Bourassa. Ele disse que foi uma viagem. Cada canto que tu ia tinha alguém mais diferente que o outro, fazendo um som mais diferente ainda. Contou que tinha um homem negro, bem jovem, moçambicano, se preparando para tocar, ele não sabia que instrumento, e de repente o cara senta em um piano e arrasa com uma composição própria.Do outro lado peruanos, brasileiros, africanos de todo lado, enfim... Ele amou, mas nós não pudemos ir (sniff!) por que as crias tinham Soirée Cine no colégio. Eles estavam animadíssimos com seu primeiro compromisso social no Québec, então eu não podia deixar de ir com eles. Mas valeu a pena! Foi um evento organizado pela galera do grupo de violão da Escola St. Norbert. Eles organizaram uma sessão de cinema na escola (fizeram e venderam pipocas, venderam sucos e balas) tudo com a ajuda de alguns professores. O filme era Chronique de Narnia: l'armoire magique (identificaram,né?). Achei a iniciativa bárbara e merecia mesmo toda a colaboração possível. Na minha experiencia isso não é muito comum no Brasil. Particularmente me lembro de mandarem rifas (argh!odeio!) e coisas deste tipo para as crianças venderem, mas vi muito pouco o envolvimento real dos alunos com algum tipo de evento beneficiente a eles mesmos (talvez por que a minha experinecia aí foi só com escolas particulares, não sei!). Mas o fato é que eles se envolveram, limparam chão, venderam coisas, supervisionaram os pequenos etc, etc. Adorei! De quebra fiz uma amiga da Guiné, cuja a filha é vizinha de casier (armário da escola) do Pedro e ele sempre me comentava que ela tinha um nome muito diferente - Aysaton. Cá entre nós, é bem diferente! É um nome africano. A mãe dela é muito querida, nos encotramos no onibus indo para o evento e ficamos juntas no cinema. Como é engraçado obsevar a forma de lidar com os filhos nas diferentes culturas. Ela falava alto com as crianças (especialmente com a menor, que por sinal se apaixonou pelo Pedro), hora em frances hora no dialeto africano delas. Eu pensava que ela estava brigando, mas que nada. ... Ela sorria para a menina e a criança retribuía, muito faceira, rindo e abraçando a gente. Muito legal! Fora isso, obsevar o pessoal também era uma viagem. Acho que nunca estive em um espaço tão pequeno com tanta gente diferente (sem brincadeira, no ginásio deviam ter mas 200 pessoas e umas 8o nacionalidades... hehehe). Eram indianos, africanos, muçulmanos de várias partes, cucaratchos em geral... Uma misturança! E todas as crianças brincando juntas. Acho que eu estava meio emotiva e pensei que esta talvez seja a única forma de desenvolver tolerancia entre os povos - criar todo mundo junto! Sei lá, só pensei!
No sábado fomos encontrar nossos amigos Fernando e Ana e mais a Nicole, uma amiga do Fernando, quebecois, muito gente boa. Ficamos em um café no mercado Jean Talon. O dia estava lindo e conseguimos uma mesa no sol para lanchar e bater papo. Foi ótimo, melhor ainda por que, como a Nicole não fala portugues, todo mundo (inclusive as crias) se puxou ara falar frances o tempo todo. Saímos de lá e fomos para a Vieux Montreal (lógico!). Fiquei babando mais um pouco naquele lugar tudo de bom! Conhecemos umas ruelas novas e almoçamos com as crias em um bastantão pizza-pasta. Mais tarde encontramos o Fer e a Ana de novo para ir na festa de aniversário de uma brasileira, casada com quebecois, que mesmo sem nos conhecer, ao saber que estávamos por aqui, nos convidou. Agradeço muito a Nina, amiga do Fer e da Ana, pelo simpático convite. Chegamos lá 19h, e mais uma vez, a misturança tava feita. De novo gente de todo o canto deste mundão de Meu Deus! A comida era tão variada e agradável quanto as pessoas e além disso a brasileirada arrasou na pista de dança. Sim, dançamos de Banda Eva a Gloria Gaynor. Observem que nós dois, loucos, estávamos todo este tempo com duas crianças que caminharam horrores pra lá e pra cá... O resumo é que saímos de casa as 10:20 e voltamos a 01:20 da manhã, ainda pra dar banho na galera e colocar todo mundo na cama. Pegamos um dos últimos metros e tivemos que pagar um táxi em Laval, já que nosso último bumba é as 23:58. As crianças dormiram no metro e no táxi, mas os pobrezinhos tiveram que caminhar toda a Henry Bourrassa, que é grande prá dedéu.Deu dó! Mas não dava pra perder essa oportunidade de ouro de integração (no amplo sentido da palavra). Ou seja, hoje estamos podres de cansados. Eu só me arrastei até o super, por que domingo é o dia das ofertas (consegui descobrir isso hehehe). Ufa! Quanta novidade, né? O bom é que temos algumas fotos de tudo isso (graças a máquina do Fernando) e amanhã, quando ele me mandar, eu posto aqui. Ventos bons! Tempo bom! Estamos felizes! (Obrigada Pai do Céu!)Esperamos que todos também estejam! A bientot!

Friday, April 28, 2006

Laval

Galera, olha só, quero esclarecer que só estou colocando este post por que várias pessoas me pediram e por que parece que não tem muitos brasileiros pela "net"em Laval (pelo menos eu não encontrei ninguém). Sendo assim, em consideração as pessoas que leem este blog, resolvi escrever. No entanto, quero deixar claro, que isso é apenas a MINHA opinião. Digo isso por que acho que voces tem muitas opções de informantes pela net (informações nem todas muito seguras, é verdade), parece que tem uma espécie de "boom" de informantes. Todo mundo, mesmo quem nem veio ainda, fica postando um monte de coisa, em um monte de lugares, e acho que isso mais confunde do que esclarece para quem não está aqui e não tem como comprovar a realidade agora. Enfim... Eu nunca fui fazer propaganda deste blog no orkut ou coisa parecida, todo mundo que sabe dele, sabe através de alguém que o achou ou de algum amigo nosso. Falo isso, só para preservar o caráter absolutamente subjetivo deste espaço. Mas tudo bem... Laval. Olha só, não sei se foi uma boa opção a médio prazo. É certo que tudo deu muito certo pra nos vindo pra cá. Acho que demoramos muito menos tempo que o normal, para estabelecer residencia e pedir documentos e tudo isso foi graças ao serviço do Carrefour de Intercultures daqui. É verdade também que estamos morando em um local muito bem localizado. Passam muitos onibus bem na frente de casa (não, não tem barulho, os vidros são duplos por causa da calefação), tem supermercado, loja de conveniencias, clinica médica, banco, farmácia (onde também tem correio e um monte de bugigangas, chama-se Jean Coutu e é uma rede imensa aqui) - tudo isso a alguns passos de nossa porta (bem menos de uma quadra). Tem o Parque, que dá para ir a pé e fica na beira do rio. Tem uma pracinha bem legal na rua de trás. Ou seja, tem tudo que precisamos por enquanto. Ainda mais para quem não tem carro, isso é tudo. Nossos meios de transporte são: uma bici (roxa...hehe a minha) e um carrinho para compras que o Rudi insistiu para comprar (ele que transportava os sacos do super até aqui...hehe). Em cinco minutos dentro de quaquer onibus nós estamos na estação Henri Bourrassa do metro, quer dizer, estamos em Montreal, e aí é correr pro abraço que o metro te leva para quase qualquer canto (ou pelo menos te deixa perto). Então, eu me sinto morando em Monreal em um bairro mais distante, que era exatamente o que Laval era antes de virar cidade. Como desde pequena morei longe de tudo e tinha que me transportar pra todo lado, pra mim até que é normal. O bicho pega mesmo é no finde. Os onibus são mais escassos, e aí dá um certo desanimo de andar por Laval. Prá ir a Montreal, é até tranquilo, mas se tu queres passear por aqui, é meio sacal. Onibus pra lá e pra cá, espera e espera... O resultado é que ainda não conhecemos muita coisa de Laval, que por sinal é enorme... A cidade é muito espalhada e isso dificulta a vida de quem não tem tudo na mão como nós e não tem carro. Como não temos certeza de quanto tempo ficaremos por aqui, ainda resistimos a comprar uma barca véia, mas vamos ver por quanto tempo. O pior foi o dia que nós viemos no bumba com a bici, que tinhamos acabado de comprar. Que vergonha! Por acaso absoluto o bumba vinha vazio, mas ficou lotado em seguida (e nem era hora de pico...). Ah! Essa história de que os aluguéis aqui são muito mais baratos que em Montreal, também não é bem assim. É verdade que não pesquisamos muito sobre isso, mas conhecemos gente que paga o mesmo que nós ou menos em Montreal (claro que não no Centre Ville e nem no Plateau) em apartamentos relativamente equivalentes ao nosso. O que eu acho é que a presença de metro perto facilita a vida demais! Outra coisa, é que ainda não vivemos o verão aqui. Daqui há dois meses as crias vão estar de férias (grandes!) e eu vou ter que achar atividades para todos os dias com elas... Dizem que as piscinas publicas são numerosas e muito boas, vamos ver. Os parques da cidade são bem lindos e dá pra andar de bici pra todo lado aqui (é só ter folego). Transito também não vi, só na ponte para Montreal, dependendo da hora. Poluição também não chama a atenção. Em suma: o que realmente nos chamou a atenção até agora, especificamente falando de Laval, foi o serviço de acolhida a imigrantes (que talvez seja assim em todos os lugares, não sei) e a localização do nosso canto. Claro que conforme o tempo passa vamos tendo mais dados para comparar. Essa é só a primeira impressão. E esse post ficou muito chato... blargh! Espero que tenha ajudado alguém.

Tuesday, April 25, 2006

Situação inusitada!!!

Eu nem ia escrever hoje, mas aconteceu uma coisa que tenho que contar... De todas as coisas esquisitas que já me aconteceram na vida, podem ter certeza, essa bateu o recorde. Foi tão engraçado que cheguei em casa e nem tomei água, liguei o computador pra contar prá alguém, no caso voces, já que nem o Rudi chegou ainda. Bom, vinha eu bem calma na escada rolante da estação Jean Talon do metro, quando as criaturas que estavam na minha frente pararam de subir e ficou todo mundo meio amontoado. De repente, escuto alguém perguntar: "Vous etes libanaise?" . Como este tipo de pergunta já me é um pouco familiar, olhei pro lado e vi que era um cara de uns 35-40 anos, se dirigindo a mim. Respondi que não. Ele não se deu por vencido e começou a relacionar todas as minhas possibilidades de nacionalidade. As primeiras foram: árabe, marroquina, italiana (chegou perto!), quebecois, francesa e por aí foi. E eu só : "Non... non...". Quando eu vi que o homem nunca ia adivinhar e até a galera da escada já estava virando o pescoço de tão curiosa para saber onde que ia dar esse inquérito (observem que esta realmente era uma escada rolante grande....), resolvi dizer que eu sou brasileira. Pensei: "Deu, né? Acabou!". Mas para minha surpresa, ele fez mais uma pergunta: "Vous etes marriée?". Achei engraçado, mas pensei que se seguiria um convite para participar de algum tipo de pesquisa (do tipo: relação entre aspecto físico e estado civil...hehe). Disse que sim. Ele fez uma cara meio decepcionada, mas não se mixou (neste ponto a escada já tinha acabado, ainda bem, porque a minha vergonha foi menor), perguntou se eu conhecia alguém que quisesse se casar com um libanes, por que ele estava procurando uma esposa. Aí sim... Quase explodi de rir na cara do homem. Mas o pior é que ele falou bem sério. Parecia que ele estava perguntando: "Conhece um lugar onde eu possa comprar feijão preto?". Falei que não conhecia ninguém, que estava recém chegando no Québec e piquei a mula pra não rir na cara dele. Essa eu nunca tinha visto!!! Eu precisei escrever por que se não, quando eu me lembrar desta situaçõ daqui há uns anos, não vou saber se foi verdade ou só um sonho muito louco... Levando em conta os seguintes fatores: não faço o estilo Jennifer Lopez (nem de longe), não estava com roupas insinuantes (não curto muito, mas hoje nem daria, tá 7 graus), estava usando o casaco do Rudi (que me deixa parecendo um brioche recheado), não tinha nenhum cartaz na minha bolsa "Je cherche un mari" e eu nem olhando pros lados estava (completamente absorta nos acontecimentos de minha vida e viajando lá longe...)... a conclusão óbvia é: ou esse cara tava brincando ( e aí, até que foi uma cantada bem original) ou o coitado estava mesmo muito louco pra casar com alguém (do tipo pagando promessa...). Ou vai ver que acordou e pensou: Hoje eu como alguém...hehehe O fato é que achei muito engraçado e fiquei rindo sozinha até chegar em casa, parecendo completamente louca pelo meio da rua. Coisa chata é quando acontece esse tipo de coisa e não tem ninguém pra rir contigo na hora! Resumo: mulheres casadoiras, a notícia é que tem um libanes louco pra casar em Montreal. A única pista do seu paradeiro é que ele frequenta a estação Jean Talon... hehe Alguém se habilita? hehehe

Sunday, April 23, 2006

Comentários

Já respondi vários cometários, mas agora vou falar formalmente. Galera, nunca pensei que tanta gente leria este blogg. É muito engraçado! Por sorte até agora foram pessoas muito amáveis que colocaram cometários muito carinhosos e eu só tenho a agradecer. Não acho que sejamos muito capacitados para ajudar alguém a imigrar - nós só pesquisamos o que nos interesa pessoalmente- mas mesmo assim tem gente que eu acho que anda aproveitando isso aqui prá se informar um pouco sobre o que os espera deste lado do oceano. Vou contar um segredinho: mesmo que ninguém lesse esse blogg eu ia continuar escrevendo. Um dia li um comentáio de um cara sobre o blogg dele, dizia assim: "... afinal qual é a utilidade de um blogg se ninguém ler". Eu respondo que a utilidade é que isso aqui é muito terapeutico. A gente vai escrevendo e se dando conta de coisas que nem sabia que tinham sido importantes. No entanto, outros acontecimentos que pareceram marcantíssimos enquanto estavam sendo vivenciados, simplesmente se perdem na poeira na hora de escrever. Acho tudo isso muito significativo (coisas de psicolouca... hehe)! Então, obrigada a voces que se apresentam para a gente neste local virtual e que deixam seus votos de sucesso. Acredito que energia positiva nunca é demais! Ainda não consegui descobrir como se faz para ver o número de acessos ao blogg, se alguém souber me avise, mas tenho certeza que é muito maior do que esperávamos. Todos voces que estão vindo ou ficando por aí e que queiram conhecer a gente, saibam que não temos a menor frescura, adoramos conhecer gente nova (mandem um email: mypsi2002@yahoo.com). Só para ilustrar a minha cara-de-pau básica, vou contar um fato. Dia desses, me sentindo muito sozinha e louca pra falar com minhas amiguinhas, resolvi parar de besteira e procurar gente que mora aqui. Afinal, ninguém tem que ser uma ilha (ou melhor, iceberg). Comecei a pesquisar bloggs de gente que mora aqui. Achei o Fernando, uma baiano figurraça que anda as voltas com seu doutorado na mesma universidade que eu. Não tive dúvida, mandei uma mensagem pra ele dizendo algo assim: to chegando e quero conhecer gente, se quiser me conhecer manda um e-mail. Ele me respondeu prontamente na terça, na quarta tomamos um café no Campus e no sábado ele estava aqui em casa (tomando chimarrão!!!!) com uma outra amiga brasileira dele que é um amor. Resumo: conhecemos pessoas muito legais, que nunca teríamos conhecido se tivéssemos "nos encolhido". Tem dias que a gente se sente especialmente feliz, não tem? Hoje é um dia desses pra mim. Termino com um Provérbio Chines, que li esses dias em um cartão a venda em uma livraria (vou tentar escrever em frances, não reparem seu tiver muitos erros hehe): "Si tu comprends, les choses sont comme elles sont. Si tu ne comprends pas, les choses sont comme elles sont". Ou seja, não adianta remar contra a maré (mas temos que fazer nossa parte). Uma ótima semana a todos!

Saturday, April 22, 2006

Dois meses

Hoje estamos completando dois meses de Quebec. É estranho, mas ainda temos a sensação de que o tempo é maior. Parece mais tempo... a sensação é de que aconteceram tantas (tantas!) coisas nestes dois meses, que eles valeram por dez. No entanto, quando nos damos conta do tempo real, vemos que ainda estamos muito no início por aqui, e que ainda tem muita coisa (boa!!!) prá acontecer daqui pra frente. Não vou dizer que esses dois meses foram fáceis. Muitas vezes nos sentimos muito sozinhos e sentimos (acho que eu especialmente, hehe) muita falta de falar muito tempo (= fofocar) com nossos amigos. A pior fase foi aquela semana que todo mundo ficou doente. Aí é que a gente se põe a valorizar a saúde e percebe que, estando todo mundo com saúde, o resto a gente vai dando um jeito. A vida tem uns jeitos meio radicais de fazer a gente valorizar o que realmente importa, né? Mas botando na balança, graças a Deus, tivemos muito mais momentos bons do que, digamos, não bons. Resolvi fazer uma lista das coisas que mais gostamos e das que menos gostamos por aqui ( até agora!).
Amamos:
1) Montreal: a cidade é linda e maravilhosa. Tem muitas atrações culturais. É uma super metrópole, mas esconde bairros residenciais fofíssimos. Um dos nossos preferidos é a Cote de Neiges.
2) Serviços para imigrantes: nota 1000! As equipes são muito bem treinadas, tem muita paciencia com o frances (e/ou ingles) macarronico da galera, tem muito boa vontade em ajudar e fazem as coisas parecerem mais fáceis do que pareciam antes de encontrá-los. Aconselho firmemente, a todos que forem imigrar, entrar em contato o mais rápido possível com este pessoal. Vale muito a pena.
3) Classe d'accueil: a escola para os filhos de imigrantes. Voces não podem imaginar como as professoras são especiais! Fora o estilo pessoal agradável e o bom treinamento que devem ter recebido, a criatividade delas é imbatível. As crianças contam maravilhas. Por exemplo: para ensinar as cores em frances, elas entregaram a cada um uma série de copinhos com sucos coloridos. Cada um escolhia um e eles ensinavam o nome da cor, a relação cor/fruta, o sabor, etc, etc. Para ensinar o nome dos estabelecimentos no bairro, eles fizeram uma pequena excursão pela rua e contaram (parte matemática) quantas épiceries, quantas boulangeries, quantas pharmacies, etc, ficavam próximas da école. Para aprenderem o nome dos ingredientes utilizados na cozinha, eles fazem aulas de culinária. Todos os dias, nas horas do lanhe e do almoço, as professoras passam e conversam com eles sobre o que a mãe mandou. Não é 10? Eles realmente não se dão conta de que estão aprendendo frances e o resultado é que agora, após um mes de aula (antes jamais tinham estudado frances) eles já se comunicam com os vizinhos e fazem frases completas. A mais engraçada é do Pedro, brincando com o Sebastien, nosso vizinho: Tu es un cochon! Ou da Giu para sua amiga Gabriela: Attends! J'arrive! Ou seja, a escola é o máximo!
4) Minha aula de frances: minha professora, quebecois mais que convicta, muito figura, faz das aulas uma grande diversão. Todos os dias lemos o jornal juntos, cada um le uma noticia, e todos comentam, criticam, dizem como é em seus países etc. Depois tem a parte de gramática e alguns exercícios em dupla ou outras discussões sobre temas que ela determina ou a gente escolhe.
5) Farmácias e Wal Mart: coloquei juntos por que não quero ser muito politicamente incorreta citando o Wal Mart sozinho (voces sabem das polemicas em torno dele). A verdade é que ambos tem uma variedade incrível de produtos e a parte de cosméticos e perfumaria (minha tentação especial) é gigante (mas, verdade seja dita, no Wal Mart é tudo mais barato).
6) Boulevard de Praieries / Parc de Praieries: é a nossa Av. Beira Rio aqui em Laval, é bem onde fica minha escola de frances. É na beira do rio que divide Laval de Montreal. É lindo demais! E o parque é muito grande e com muitos recantos para pic-nic. Vale a pena.
7) Bicicletas: tanto em Laval como em Montreal, as ruas são muito bem preparadas para os ciclistas, que por aqui pedalam na calçada. Comprei uma bici roxa, com direito a casque (capacete) e tudo! Imaginem que linda!!! Mas me divirto muito indo pra aula de bici, bem na boa. De onibus eu demoraria uma hora para chegar lá (por causa dos horários), de bici vou em 20 min.
Coisas que não amamos tanto assim:
1) Gente mal amada: existe em qualquer lugar, o pior aqui é que este tipo imbecil de ser humano, faz umas caras imbecis muito particulares (e facilmente identificáveis) quanto tu tá te quebrando pra tentar achar uma palavra no teu, não "muito vasto" vocabulário de frances. Em bom frances: "gentinha desgusting!".
2) Lixo: a galerinha é meio desencanada... Tá certo que não tem muitas latas de lixo, e isso é uma falta grave, mas o pessoal é meio, como diria o Pedro, "cochon" , as vezes.
3) Carne e azeite de oliva: sem comentários...
4) Homeless: tem um pessoal que seriam os mendigos, especialmente em Montreal (em Laval ainda não vi), mas são bem diferentes dos mendigos brasileiros. Olhando de longe tu podes até nem perceber. Eles costumam ficar nos lugares onde os turistas frequentam mais.
Estou tentando pensar, mas não encontro neste momento nada mais de "menos bom"que tenhamos achado por aqui. A verdade é que temos apenas dois meses de Canadá (Quebec) e que tudo ainda é novidade. Felizmente a maioria das novidades são boas, a maioria das pessoas são amáveis, a maioria das comidas são boas (bem boas!), e todas essas experiencias são mais do que enriquecedoras: são impagáveis!

Monday, April 17, 2006

Feriadão de Páscoa

Vou tentar resumir (hahaha) o feriadão de Páscoa. Sim, feriadão, começou na quinta e até hoje ainda é feriado (Lundi de Pasque - ve se eu posso...). Bom, quinta fiquei em casa om as crias e quando o Rudi chegou fomos a Montreal, receber meu pagamento e comprar os chocolates de Páscoa. Na verdade, as crianças optaram por ganhar um brinquedo e um chocolatão, o que achei legal, já que muito chocolate sempre faz mal. Os ovinhos não fazem muito sucesso aqui, onde a variedade de formas de chocolate é muito grande. O Pedro quis um tiranossauro-rex de chocolate (imaginem se não!) e a Giu ficou com os tres porquinhos. Depois das compras fomos ao cinema, pela primeira vez no Canadá. Assistimos "A era do gelo II". Programinha básico: pipoca, refri, filme. Todo o mundo adorou!O filme é uma graça, rimos muito. Na sexta fez um dia lindo. Mas como eu já sou gato escaldado, não me animei e agasalhei todo o mundo (muito até...hehe). resolvemos conhecer o train de banlieu e fomos até a Gare Central em Montreal pegar o trem Montreal-Deux Montagnes. Foi um passeio muito bonito e o trem é muito limpo e confortável. Depois nos mandamos para o Centro Velho de Montreal, mais precisamente para o Velho Porto, onde fica também o Centro de Ciencias de Montreal, que entre várias exposições legais, abriga o cinema Imax 3-D. Almoçamos lá e depois o Rudi foi para a rádio, onde ele tinha um encontro com o grupo de brasileiros que fazem um programa semanal aqui. Quem quiser ouvir meu maridinho na técnica do programa, pode entrar as sextas as 18:30 (hora do Brasil), no site www.radiocentreville.com (acho que é isso). Esta é uma rádio comunitária, subvencionada pelos governos do Canadá e do Québec, onde as comunidades culturais podem ter o seu espaço. Eu e as crias continuamos por ali. Assistimos vários espetáculos circenses nas ruas do centro velho. Aquele esquema, senta no chão e no fim dá um troco. Depois alugamos um daqueles carrinhos-bicicleta, que dá pra ir até 3 pessoas. Tá, eu sei! Tem esses carrinhos lá no Gasometro, mas eu nunca fui.Enfim... Não tinha perdido nada por que, entre nós tres, só eu pedalava e os dois se revesavam na direção, ou seja...Mas eles adoraram, isso que importa.Tomamos sovete, deitamos na grama, tomamos sol e ainda asistimos um filme 3d (Safari na África). Tinha muita gente e até bandinha (digo, orquestra) do exército. Foi uma delícia, chegamos em casa quase 21h e... sem medo! Sábado o tempo virou e ficamos por aqui, lendo e arrumando algumas coisas. Domingão de Páscoa fomos na missa. O Rudi bem que tentou se esquivar, mas eu disse prá ele que era bom as crianças conhecerem alguns rituais de agradecimento. Eu realmente acredito nisso.Fomos na Eglise Notre Dame de Fátima, que pelo nome já dá prá saber que se trata da comunidade portuguesa aqui em Laval.Pena que é um pouco longe de casa, mas o padre é uma graça e fala os 3 idiomas durante a missa (portugues, frances e ingles). Essa missa era teoricamente em portugues. Todos os cantos foram na lingua lusitana, muito divertido. No final conhecemos um casal com filhos e trocamos telefone.Bom conhecer gente! Hoje, segunda, ainda ficamos por aqui arrumando as coisas. O tempo tá meia boca, um pouco friozinho e ventoso, bem nublado. Estou cada vez mais apaixonada por Montreal. Eta cidadezinha linda!

Saturday, April 15, 2006

Música do mes



Esta é a música que eu e as crias estamos cantando ("por algum motivo") este mes. Eles se divertem falando forte: "You've got STUCK in a moment... "Parei um pouco de ver meu DVD do U2, que eu amo tanto, por que me dava muita saudade de meus amigos. Eu comprei ainda no Brasil e pensava em como eles me fariam falta quando eu estivesse aqui... E fazem! Então esta música fica "de presente"de Páscoa, prá toda a turminha que estava no aeroporto e que, de vez em quando, me fazem tanta falta que dói aqui dentro do coração. Mas em seguida eu me lembro que amizade não tem fronteiras e fico torcendo para eles tb não esquecerem de mim.

E esse aí do lado... Voces sabem quem é. Meu marido é lindo, mas... ai, ai....




Stuck In A Moment

by U2
I'm not afraid of anything in this world
There's nothing you can throw at me that I haven't already heard
I'm just trying to find a decent melody
A song that I can sing in my own company

I never thought you were a fool
But darling, look at you
You gotta stand up straight, carry your own weight
These tears are going nowhere, baby

You've got to get yourself together
You've got stuck in a moment and now you can't get out of it
Don't say that later will be better now you're stuck in a moment
And you can't get out of it

I will not forsake, the colours that you bring
But the nights you filled with fireworks
They left you with nothing
I am still enchanted by the light you brought to me
I still listen through your ears, and through your eyes I can see

And you are such a fool
To worry like you do
I know it's tough, and you can never get enough
Of what you don't really need now... my oh my

You've got to get yourself together
You've got stuck in a moment and now you can't get out of it
Oh love look at you now
You've got yourself stuck in a moment and now you can't get out of it

I was unconscious, half asleep
The water is warm till you discover how deep...
I wasn't jumping... for me it was a fall
It's a long way down to nothing at all

You've got to get yourself together
You've got stuck in a moment and now you can't get out of it
Don't say that later will be better now
You're stuck in a moment and you can't get out of it


And if the night runs over
And if the day won't last
And if our way should falter
Along the stony pass

And if the night runs over
And if the day won't last
And if your way should falter
Along the stony pass
It's just a moment
This time will pass

Em busca do "chez moi"

É engraçado, mas esta expressão vem tomando conta de meus pensamentos nos últimos dias. Chez moi... Aqui usamos esta expressão para designar nossos países de origem. Chez moi é assim e assado.Contudo, desde o início este uso me incomodou. Como assim, chez moi, o Brasil? Voces sabem que a expressão, que não tem uma tradução muito literal, quer dizer algo como "meu lugar, meu lar, minha casa". Não! Definitivamente, o Brasil não é mais a minha casa. Pelo menos por enquanto...hehe Tá, então, chez nous, diz o Rudi, deve ser o Quebéc. Também não, discuto eu. Como posso chamar de "meu lar"um luguar onde ainda não tenho sequer o domínio da língua?Conclusão: não tenho chez nenhum... hehehe Que caos! É estranho, mas estou meio que sem pátria. Este é o país que escolhi para viver, por isso, agora minhas atenções estão muito mais voltadas para as trapalhadas do Harper do que para as do Lula. Aliás, nunca mais pensei neste cidadão! Minto: pensei quando tivemos que, obrigatoriamente, ir ao Consulado do Brasil para nos inscrever para as eleições de 2006. Votar em quem, Cristo? Voltando ao assunto do post,acho que esta sensação é passageira, mas este primeiro momento é, em bom frances, bizarre! Falando em frances, decidi encarar agora pra valer. me dei até o fim do ano para estar flu-en-te.Será que é possível? Paciencia, vai ter que ser... Até decidi parar de trabalhar para me dedicar a isso com força total. Voces precisam ver o tamanho da apostila do meu curso... Detalhe: a turma já tá na metade e na primeira parte tem muita coisa que não vi. Já estão na voz passiva pra todos os tempos verbais (subjuntivo inclusive) fiquei quase louca semana passada. Conversando com um amigo pelo Mensager, eu me vi dizendo algo muito sério. Quando a gente tá esperando o processo, agente pensa: "ai, que exercício para a annsiedade... que ótima oportunidade de crescimento pessoal. "E a lição básica é: viva um dia depois do outro. Preocupe-se só com o que pode mudar, adiantar ou melhorar. O resto, o tempo cuida. Bom, aí a gente chega aqui e fica querendo que as coisas aconteçam mais rápido. A gente acha que, por que planejamos tanto, agora tinha que ser tudo mais previsível e concreto... Balela! As coisas continuam no seu ritmo próprio, meio que dando risada das nossas caras desesperadas sapateando pela vida. Ou seja, o exercício para a ansiedade continua aqui. É como um joguinho de videogame, numa "fase mais avançada". Voce provou que pode chegar até aqui. Vamos ver se vai adiante. Este amigo, o Anderson, perguntou o que eu mudaria, se estava arrependida. Arrependida, nunca!!! O que eu mudaria? Teria vindo há mais tempo e agora estaria vivendo meu décimo ano e não meu primeiro (mágico e aterrorizante)... hehehe

Monday, April 10, 2006

Francisação

Pelo que eu entendi "francisation"é o processo de fazer os cucaratchos se entenderem em frances. O fato é que hoje começaram as minhas aulas de frances, oferecidas pelo Ministério de Imigração e Comunidades Culturais. Ainda não é o famoso COFI (aquele que dá bolsa para estudar em tempo integral), mas é gratuito e tem a mesma função. O Rudi vai esperar o COFI já que ele começou a trabalhar de manhã (horário das aulas). Meu curso é no "Loisirs Bon Pasteur", um centro comunitário, mais ou menos perto de casa. O lugar é simplesmente maravilhoso, bem na beira do Riviere des Prairies, que é o rio que divide Laval e Montreal (pelo menos foi isso que o Rudi me disse, detesto geografia...). É uma escola simples, mas pelo que entedi tem também atividades de integração para os imigrantes, o que é sempre dvertido. Minha professora se chama Sylvie e é muito simpática e elétrica. Bem do jeito de minha amiga Cris, que tb foi inha profe de frances. Acho que para elas o mais difícil é esperar os alunos falarem, mas tudo bem, por que é encantador ouvir o frances de ambas. A minha turma já vinha junta há alguns trimestres. de novas só eu e uma haitiana. No grupo temos a diversidade básica do Québec: um afegão, dois libaneses, um peruano, dois colombianos (ou 3), uma venezuelana... Gostei da definição que Sylvie deu para o Québec: "C'est l'Amérique, sans les americans, et la France, sans les français." Todos estão bem de saúde hoje, fiquei tão apavorada que vou fazer uma longa excursão nas prateleiras de vitaminas (acreditem são váááários corredores por farmácia). Esta semana o bicho vai começar a pegar pra mim: aula de frances de manhã, saio 45 min antes da aula terminar para poder chegar ao trabalho ao meio-dia, e só chego em casa as 19h, quando ainda vou ter que estudar para o dia seguinte. Quem me conhece bem não deve estar estranhando nada... este sempre foi o meu ritmo. Mas reconheço que em outro país os estressores são muito mais variados... ou seja... a gente cansa um pouco mais. E tem a idade tb!hehe

Sunday, April 09, 2006

Integração

Esta semana começamos efetivamente nossa intergração no Canadá. Arranjamos uns "survivals jobs", para parar de mexer no nosso rico dinheirinho em Reais. O Rudi está trabalhando em um restaurante, que é tb uma loja de conveniencias.Voces precisam ver como ele fica lindinho de touquinha na cabeça...hehe Eu to me virando em m Café no Centre Ville de Montreal, dentro de uma galeria muito linda. O bom é que nem preciso sair na rua , o metro me deixa dentro do trabalho (só tenho que caminhar um pouco). Sabemos que isso não é nenhuma maravilha, mas foi nossa escolha para esses primeiros tempos. É um pouco difícil coordenar os horários para ter alguém em casa na hora que as crianças saem para escola e na hora que voltam, mas não sei como, conseguimos fazer isso perfeitamente. O Rudi trabalha das 06:30 äs 14:30 e eu das 12:00 äs 18:00. Neste primeiro momento só eu vou estudar frances ( de manhã, a partir de amanhã), já que em maio começa meu curso na universidade (não... não esquecemos dos nossos sonhos e do por que estamos aqui...). O Rudi ainda vai ter tempo, a tarde, para agilizar a busca de emprego na área dele. Começou a correria... Não sei como consigo me comunicar com a galera do Café, a fluencia ainda tá longe, e minha tecla Sap (do frances pro ingles), ainda tem um delay... Alguns clientes acham engraçado eu começando a falar em frances, eles tocando em ingles, eu respondendo em ingles e daqui a pouco em frances...tem uma hora que eu dou uma parada e brinco: May I speak portuguese? Eles dão risada... A verdade é que quando começamos a trabalhar, não importa com o que, a gente realmente se insere no país. Tu te sentes mais produtivo, te obrigas ate irar em aguma língua (em casa a gente fica falando portugues, óbvio). Fora que tu conheces gente de todo o canto (só lá no Café tem uma francesa, uma chinesa, duas vietnamitas, uma marroquina e... eu!). Uma coisa que chama a atençao é a educação que a maioria das pessoas tem. Todos pedem "por favor" "com licença", na saída "Merci. Bonne journée!" ou "Bye, have a nice day". Bem que o meu chefe (vietnamita) falou: "Aqui não tem essa de melhor trabalho ou pior. Não interessa se tu trabalhas em um Café ou em um escritório. O que interessa aqui é tu poder pagar as contas no fim do mes". Acho que é isso mesmo. Na nossa metalidade brasileira-tupiniquim, pode parecer meio estranho, mas concordo plenamente com ele. É claro que sabemos que estamos passando por uma fase inicial, e mesmo ainda no Brasil, sabíamos que seria assim. Acho que tem dois, ou tres tipos de imigrantes skilled workers: 1) os que vem com uma boa grana guardada (geralmente sem filhos) e ficam só estudando até achar um emprego em suas áreas; 2) os que já vem com emprego por que tem profissões em demanda; 3) o nosso grupo: que tem uma graninha, mas não quer torrar tudo, tem filhos, estão a fim de recomeçar ( sentido amplo da palavra) e buscar seu espaço na profissão escolhida. Fora isso, a semana foi das doenças. Todo o mundo ficou mal aqui (menos o Rudi). parece que tem ma virose de primavera no ar. Eu e as crias tivemos febre, aquela sensaçao gripe... blargh! Mas hoje parece que todo o mundo está melhor e talvez até nos aventuremos em uma super liquidação de uma loja lá em Montreal. PS: apesar da saudade dos amigos e familiares ( e da feijoada da mãe), a saudade do Brasil ainda é inexistente.

Wednesday, April 05, 2006

Primeira Música

Não resisto e tenho que postar aqui a primeira musiquinha em frances que as crianças chegaram cantando. Cada palavrinha deles em frances é uma emoção. Parece aquele momento em que eles são bebes e começam a falar. Eles já dizem: S'il te plait, pra tudo... Também já se apresentam (sem ler no papelzinho... hehe): Bonjour, Je m'appelle Pedro / Giulia. J'ai 8/7 ans. Je parle portugais. Je viens du Brésil. Ma couleur préfére c'est le bleu / le rose. Lindinos, né? O engraçadinho é o leve sotaquezinho quebecois: viEn.... E eu tentando convencer: viãn, galera! E eles: Não , mãe, é VIEN, a Madame falou. Vou dizer o que? C'est bon.
Voilá a musiqinha:
Y'avait des crocodiles
Et des orangs-outans
D'affreux reptiles
Et de jolis moutons blancs
Y'avait des chats, des rats
Des éléphants
Il ne manquait personne
Pas meme les deux lionnes
Et la jolie licorne

Tuesday, April 04, 2006

Primavera???

Foi só eu dizer que começou a primavera, prá neve se indignar e voltar com tudo. Hoje foi engraçado, as gramas já verdes, as plantas com alguns brotinhos e a neve a milhão. Tudo ficou lindo! Laval parecia uma loja de pinheirinhos de Natal. Ontem tivemos um sustinho com as crias, a Giulia ficou mal da garganta e teve febre desde domingo. Aco que nos animamos com o dia 21 e ta;vez não os tenhamos agasalhado suficientemente... mas é difícil saber! Uma pessoa nos disse que se agasalhar demais é tão danoso quanto se agasalhar de menos. Isso por que a gente sua, sai na rua, pega frio, entra, sua e fica aquela bagunça na temperatura corporal. Assim, ficamos com medo de agasalhá-los muito, mas sei lá. A verdade é que tivemos a primeira experiencia com os medicamentos daqui, já que o Tylenol que trouxemos do Brasil, não descobrimos ainda aonde foi parar. Na farmácia (que tb vende pipocas, material para fotografia, tem promoção de panelas, vende chocolate...)tem umas duas prateleiras só de estilos diferentes de Tylenol. É de enlouquecer o cristão. O bom é que é só chamar a farmaceutica, cntar o que está havendo e ... voilá! ela diz o que coprar e tu só ficas no dilema do sabor (quase tudo para criança tm pelo menos 10 sabores: vanilla, bubble gum, framboesa, morango, choclate... e por aí vai). Ela receitou um anti-inflamatório, mas poderia ter receitado tb um antibiótico, só achou melhor testarmos primeiro o outro. Os antibióticos podem ser administrados até como balas... é mole? A Giulia adorou ficar doente e nós tratamos de esconder muito bem esses remedinhos! Mas agora, graças a Deus, ela tá melhor. Quem é mãe sabe que um filho oentinho tira a gente do eixo, ainda mais sem ninguém por perto. Dá uma vontade de gritar MANHEEEEE!!!! Agora, ça va bien! Hoje ela foi a escola e foi muito bem tratada pelas profes, o que me deu um alívio danado. Óbvio que mandei uma longa carta, explicando toda a situação (em frances, CRIS!) . Acho que elas entenderam porque deram o remedio na hora certa... hehehe... Fora isso, domingo fomos ao centre Nature que é um parque aqui em Laval. Super lindo, mas a previsao do tempo falava em 20 graus (HAHAHA!!!), devia estar uns 8, no máximo. Quase congelamos com o vento, mas tinha um sol maravilhoso e odo mundo estava animado de carão pro Astro Rei. No parque tinha uma fazendinha com vários animais, o Rudi se deu muito bem com o porco (que era porca), ele relinchava de cá, ela de lá. Foi a nossa vingança contra os quebecois, eles não entendiam nada!hehe Je rigole! Na verdade até agora encontramos muitos quebecois gentis e prestativos. Pra terminar, a última do Pedro. Hoje de manhã, enquanto esperávamos o onibus para a escola, ele olhava a forte chuva e o frio lá fora. Eu tinha os agasalhado bem e disse que estava frio, que tomassem cuidado onde fossem tirar os casacos. Ele, muito resiganado, declarou: "Acho mesmo que nós entramos numa fria!". Rimos muito! Espero que não, filho!